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Sem Jatobá e Suzane: veja quem sobrou no “Presídio dos Famosos” em SP

Progressão de Anna Carolina Jatobá para o regime aberto esvazia presídio em Tremembé, que já abrigou Suzane Richthofen e Elize Matsunaga

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Reprodução/TV Vanguarda
Imagem colorida de Anna Carolina Jatobá
1 de 1 Imagem colorida de Anna Carolina Jatobá - Foto: Reprodução/TV Vanguarda

São Paulo – A progressão de Anna Carolina Jatobá para o regime aberto na noite dessa terça-feira (21/6) é mais um “desfalque” no “elenco” de detentas célebres da Penitenciária Feminina 1 de Tremembé, apelidada de “Presídio das Famosas”.

A unidade prisional, localizada no interior de São Paulo, abrigou nos últimos anos criminosas envolvidas em casos de grande repercussão midiática. É o caso de Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, por exemplo. Decisões judiciais recentes garantiram a elas o direito de cumprir suas penas fora das grades.

A Secretaria de Administração Penitenciária costuma manter as celebridades do sistema carcerário no local, considerado um dos mais seguros do estado, para evitar o contato entre elas e detentas que possam tentar “vingar” as vítimas de seus crimes.

A cidade do Vale do Paraíba também abriga da Penitenciária Dr. José Augusto Salgado 2, a P2 de Tremembé, que igualmente tem ou teve em suas dependências presos famosos, como Roger Abdelmassih, Daniel Cravinhos e o ex-goleiro Edinho. Todos eles já deixaram a prisão.

Veja abaixo uma lista de condenados por crimes de comoção nacional que permanecem no Presídio de Tremembé:

Alexandre Nardoni

Enquanto Anna Carolina Jatobá conseguiu a progressão para o regime aberto, seu namorado, Alexandre Nardoni, continua detido no presídio de Tremembé. Os dois foram condenados em 2010 pela morte de Isabella Nardoni, em março de 2008.

Segundo a Justiça de São Paulo, a menina foi jogada do sexto andar do apartamento onde morava o casal, na zona norte de São Paulo.

Alexandre, pai da menina, foi condenado a 30 anos de prisão. Desde 2019, ele cumpre pena no regime semiaberto, com direito a saídas temporárias.

O Tribunal de Justiça chegou a revogar a progressão de pena, mas a defesa de Alexandre conseguiu reverter a decisão no Superior Tribunal de Justiça.

Mizael Bispo

Mizael Bispo de Souza, condenado a 21 anos e 3 meses de prisão pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima, em 2010, cumpre pena em regime semiaberto desde janeiro de 2022.

Em 2020, durante a pandemia de Covid, Mizael conseguiu na Justiça o direito de ficar temporariamente recluso em regime domiciliar, alegando que pertencia ao grupo de risco.

Segundo a perícia, Mércia, de 28 anos, foi baleada e morreu afogada. O carro dela foi encontrado em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo.

A investigação e o Ministério Público acusaram Mizael de matar Mércia por ciúmes e vingança por ela não ter reatado o namoro com ele. De acordo com a acusação, Evandro o ajudou a fugir do local.

Lindemberg Alves

Lindemberg Alves foi condenado a 39 de prisão por matar a ex-namorada Eloá Pimentel em outubro de 2008. Ele conseguiu, no fim de 2022, a progressão para o regime semiaberto. Ele pode sair para trabalhar durante o dia, retornando à prisão após o expediente.

O crime ocorreu em outubro de 2008 em Santo André, na região do ABC. Na época, Lindemberg invadiu o apartamento onde morava Eloá e manteve ela, sua amiga Nayara Rodrigues e outros dois colegas de escola delas, reféns.

Eloá ficou cinco dias em cárcere privado, sob ameaças do namorado. Os outros reféns foram liberados, mas Nayara voltou ao local por orientação da polícia. No dia 17 de outubro de 2008, a polícia invadiu o local depois de escutar um ruído que seria de um tiro.

Antes da entrada da PM, o Lindemberg ainda conseguiu balear Nayara, que sobreviveu, e deu dois tiros em Eloá, que morreu.

Gil Rugai

Gil Grego Rugai foi condenado a uma pena de 33 anos, seis meses e 25 dias de reclusão, em regime por dois homicídios qualificados praticados contra seu pai e madrasta em 2004. Ele também foi condenado por estelionato contra a empresa “Referência Filmes”, de seu pai.

Gil Rugai permanece em regime fechado. Ele havia conseguido o direito de cumprir a pena no semiaberto, mas, em abril, a Justiça voltou atrás.

Na decisão que havia determinado a progressão, a juíza responsável pelo caso entendeu que o exame criminológico do ex-seminarista foi “totalmente positivo”, e o comportamento, classificado como ótimo e sem faltas disciplinares.

Apesar da decisão, Rugai conseguiu o benefício de sair temporariamente do sistema carcerário para cursar arquitetura, durante a semana, das  17h às 23h30. O curso é feito em uma universidade de Taubaté e seus passos são monitorados por tornozeleira eletrônica.

Cristian Cravinhos

Cristian Cravinhos, condenado por participar do assassinato do casal von Richthofen, cumpre pena em regime semiaberto desde março de 2022. Ele foi condenado a 38 anos de prisão.

Ele chegou a ir ao regime aberto em 2017, cumprindo sua pena fora da prisão, mas perdeu o benefício depois de ser detido em uma confusão em que tentou subornar policiais.

No mês passado, Cristian teve crise renal na prisão e precisou ser socorrido e levado para atendimento médico no Hospital Regional de Taubaté.

Seu irmão, Daniel Cravinhos, ex-namorado de Suzane von Richthofen, também ficou preso no Presídio de Tremembé durante anos, mas conseguiu a progressão para o regime aberto em 2002.

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