Segurança é preso por morte de jovem em estação de trem de SP
Um dos seguranças da ViaMobilidade envolvidos na morte de jovem na estação Carapicuíba foi preso nesta quarta. Outros 3 são investigados
atualizado
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São Paulo — Um dos seguranças da ViaMobilidade, envolvido na morte de um jovem dentro da estação de trem de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, foi preso nesta quarta-feira (4/12).
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o agente de segurança, de 37 anos, foi detido temporariamente pelo crime. Outros três suspeitos prestaram depoimento e continuam sendo investigados, conforme informou a pasta.
“O laudo do Instituto Médico Legal (IML) foi encaminhado à autoridade policial e anexado ao inquérito. Diligências seguem em andamento pelo 1° DP de Carapicuíba para o esclarecimento dos fatos”, afirmou a SSP.
Relembre o caso
O caso aconteceu na Linha 8-Diamante no dia 11 de novembro. Imagens de câmeras de segurança mostram que os funcionários imobilizaram a vítima até que ela ficasse inconsciente. Identificado como Jadson Pires, o jovem morreu em minutos. Uma sindicância foi aberta pela concessionária e os responsáveis foram afastados preventivamente do trabalho.
Por meio da assessoria de imprensa, a ViaMobilidade garantiu que todas as imagens disponíveis foram cedidas à polícia e que se colocou à disposição para prestar apoio à família da vítima. Além disso, a empresa anunciou que 100% dos seguranças, em São Paulo, passarão por um processo de reciclagem.
“A companhia informa que repudia qualquer forma de violência e que o comportamento dos profissionais que atuaram na contenção de Jadson Pires não corresponde aos seus valores, treinamento e padrão dos seus procedimentos de segurança e atendimento”, alegou a concessionária.
Assista:
Asfixia após agressão
Segundo o boletim de ocorrência, obtido pelo Metrópoles, Jadson Pires tinha aproximadamente 23 anos. Um dos agentes, identificado como Marcos Paulo, disse que o jovem chegou à estação “transtornado, falando coisas desconexas e forçando a entrada na estação” e foi imobilizado “para evitar que passageiros fossem atingidos”.
“No momento, ele começou a convulsionar e perdeu a consciência. O Samu foi acionado e procedimento de parada cardiorrespiratória iniciado”, alegou. Sobre a imobilização, a equipe de segurança disse que segurou o homem apenas pelos braços e no chão, mas “nada excessivo, somente o necessário”.
A perícia constatou que as costelas de Jadson foram quebradas, assim como lesões no rosto, tórax, ombros, mãos e pernas. O Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Jadson morreu por asfixia mecânica e politraumatismo em decorrência de esganadura.