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Secretaria de Saúde alerta para envenenamento por contato com taturana

A pessoa que entra em contato com a taturana pode desenvolver quadro hemorrágico grave; veneno da lagarta pode até matar dependendo do caso

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Matheus Oliveira/ Saúde-DF
lagartas encontradas no DF
1 de 1 lagartas encontradas no DF - Foto: Matheus Oliveira/ Saúde-DF

São Paulo – A Secretaria de Saúde alerta a população sobre envenenamento por acidente com taturana. A pessoa que entra em contato com a lagarta pode desenvolver quadro hemorrágico grave. Neste ano, ao menos 116 pessoas sofreram acidentes envolvendo a espécie peçonhenta no estado de São Paulo.

As vítimas precisam receber o soro antilonômico (SALon) em até 12 horas após o início da intoxicação para obter os melhores resultados. Recentemente, um homem de 73 anos deu entrada no Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté, e precisou ser internado na UTI apresentando complicações decorrentes do contato com taturana.

Ele ficou internado por 19 dias antes de evoluir para um quadro estável e receber alta hospitalar. A pasta registrou 685 casos relacionados ao fato nos últimos cinco anos, mas nenhum óbito decorrente desse tipo de envenenamento nos últimos 15 anos.

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O veneno da taturana afeta a coagulação do sangue
Acidentes com lagartas são um problema de saúde pública, com 42 mil casos registrados todos os anos no país
O envenenamento ocorre ao tocar as cerdas espinhosas que cobrem o corpo da lagarta
Em 12% dos casos, pode resultar em insuficiência renal aguda
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Instituto Butantan é o único laboratório no mundo que produz o soro antilonômico

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O veneno da taturana afeta a coagulação do sangue

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Acidentes com lagartas são um problema de saúde pública, com 42 mil casos registrados todos os anos no país

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O envenenamento ocorre ao tocar as cerdas espinhosas que cobrem o corpo da lagarta

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Em 12% dos casos, pode resultar em insuficiência renal aguda

Matheus Oliveira/ Saúde-DF

 

O envenenamento ocorre ao tocar as cerdas espinhosas que cobrem o corpo da lagarta. Os sintomas incluem lesões na pele semelhante à queimadura no local de contato, com dor, inchaço e bolhas na região. O indivíduo pode apresentar dor de cabeça, ansiedade, náusea, vômito e, menos frequentemente, dor abdominal, hipotermia e pressão baixa.

Insuficiência renal

A gravidade da intoxicação pode ser leve, em que se trata apenas os sintomas, ou mais grave, em que se desenvolve quadro de hemorragia interna e exige soroterapia intravenosa. Em 12% dos casos, pode resultar em insuficiência renal aguda, principalmente em pessoas com mais de 45 anos.

O veneno da taturana afeta a coagulação do sangue e é especialmente perigoso para os idosos, ou se há contato com muitos bichos ao mesmo tempo. Isso é comum, uma vez que as lagartas se agrupam nos troncos das árvores durante o dia, quando não estão se alimentando, ou quando ficam próximas do solo, ao se prepararem para virarem casulos, estágio anterior a se tornarem mariposas. Os casulos e mariposas não oferecem risco de contato para humanos.

Problema de saúde pública

Acidentes com lagartas são um problema de saúde pública, com 42 mil casos registrados todos os anos no país. A taturana é uma lagarta da espécie Lonomia obliqua, natural de países como Brasil, Uruguai e Argentina. Envolvendo apenas essa espécie, foram 42.264 acidentes entre 2007 e 2017, sendo 248 casos graves e cinco mortes.

Segundo o doutor Gilson Ruivo, coordenador médico da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional do Vale do Paraíba (Taubaté), é preciso tomar alguns cuidados especialmente ao coletar frutas no pomar, realizar atividades de jardinagem ou em qualquer outro ambiente silvestre.

De acordo com ele, dependendo da lagarta, “os sintomas podem tratados com medidas para alívio da dor, como compressas frias ou geladas. No caso de suspeita de acidente com taturana, o paciente deve ser levado ao serviço de saúde mais próximo, para que o profissional de saúde avalie a necessidade de administração do soro antilonômico (SALon)”.

Segundo a Secretaria de Saúde de SP, o Instituto Butantan é o único laboratório no mundo que produz o soro antilonômico, obtido a partir do plasma de cavalos imunizados. O Butantan desenvolveu o antídoto em 1994 e ele já é um imunobiológico aprovado e de utilização de rotina nos casos deste tipo de acidente.

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