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Secretaria apura possível equívoco de médica na morte de jovem obeso

Governo nega que unidades não possuíam macas adequadas para pacientes obesos; jovem de 25 anos tentou vaga em seis hospitais antes de morrer

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Jovem obeso morre enquanto aguardava maca em hospital
1 de 1 Jovem obeso morre enquanto aguardava maca em hospital - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – A sindicância aberta pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo para apurar as circunstâncias da morte de Vitor Augusto Marcos de Oliveira, de 25 anos, na última quinta-feira (5/1), investiga a possibilidade de equívoco no aceite do paciente em um dos hospitais procurados pela família.

O jovem, que era obeso, morreu no Hospital Geral Estadual de Taipas, na zona norte, após não conseguir vagas em seis unidades diferentes – três municipais e três estaduais. Ele deu entrada na UPA Perus, da prefeitura, na quarta-feira (4/1), mas não conseguiu vaga de internação por meio do sistema de regulação de vagas da prefeitura.

Antes de dar entrada no Hospital de Taipas, no entanto, o paciente chegou a ser levado para o Hospital Vila Nova Cachoeirinha após um aceite dado pela médica responsável.

Chegando na unidade, no entanto, a família foi informada que não havia vaga. Ele teve de retornar à UPA Perus, de onde foi levado às pressas para o hospital de referência mais próximo, o Hospital de Taipas, onde acabou morrendo após sofrer paradas cardiorrespiratórias.

A mãe de Vitor chegou a gravar um vídeo em frente ao Hospital Cachoeirinha mostrando a ambulância onde estava o filho aguardando para que ele fosse atendido (veja abaixo).

O coordenador de hospitais do governo do estado, Carlos Alberto de Castro Soares, afirmou ao Metrópoles que a sindicância busca entender por que foi dado o aceite no Hospital Vila Nova Cachoeirinha, sendo que a unidade já estava lotada.

“O que precisa ser elucidado é por que a doutora responsável pela regulação do hospital de Cachoeirinha deu o aceite desse paciente para a ambulância ir até aquele equipamento e chegar lá o serviço de urgência e emergência falar que não tem condições de receber o paciente”, afirmou.

Segundo o coordenador, se o paciente não fosse levado para esse hospital, existia a chance de ele ser direcionado a outra unidade que pudesse recebê-lo.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou essa versão. “A vaga foi aceita pelo Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, da gestão estadual, porém quando a ambulância de transporte chegou à unidade, o paciente não foi admitido e aguardou nova referência de vaga, sendo encaminhado ao Hospital Geral de Taipas, também do estado, que é a referência para a UPA Perus”, afirmou a pasta.

Soares afirmou ainda que. diferentemente do que foi divulgado inicialmente pela família, não havia falta de macas ou equipamentos para receber Vitor, que pesava 190 kg, mas sim falta de vagas destinadas a pacientes com esse tipo de complexidade. De acordo com eles, as seis unidades consultadas estavam superlotadas.

“Falaram que não tinha maca. Isso não é verdade. Nossos equipamentos têm o cama maca de obeso mórbido. No Taipas, ele chegou a ir para a urgência e UTI no carro-maca. A regulação pediu vagas para unidades de referência que poderiam atender aquele paciente”, disse.

 

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