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SP apura se poluição de polo petroquímico causa doença na população

Prefeitura de SP iniciou estudo epidemiológico para investigar se casos da doença tireoidite têm relação com poluição de polo petroquímico

atualizado

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Vani Maria Barbosa, 54 anos, mora no Jardim Sônia Maria, em Mauá, desde que nasceu
1 de 1 Vani Maria Barbosa, 54 anos, mora no Jardim Sônia Maria, em Mauá, desde que nasceu - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – A Prefeitura começou nesta semana a um estudo epidemiológico para investigar se a poluição do Polo Petroquímico de Capuava, instalado na cidade vizinha Santo André, tem causado a doença de tireoidite de Hashimoto na população da zona leste da Capital.

A investigação vai verificar a incidência de casos nos bairros São Rafael, São Mateus e Sapopemba e a eventual correlação com a poluição ambiental na região.

No ano passado, uma reportagem do Metrópoles ouviu moradores da região que relataram casos da doença e a dificuldade de conviver com os resíduos da indústria petroquímica.

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Vani Maria Barbosa, 54 anos, mora no Jardim Sônia Maria, em Mauá, desde que nasceu
A cadela Mel está com coceira e alergia na pele
As amigas Daniela Carvalho, 34 anos, e Andressa Cristina Rocha, 28 anos, moram no bairro São Rafael, em São Paulo, há 20 anos
MA cabeleireira Joziane dos Santos Nunes, 28 anos, mora desde 2012 no Parque Capuava, em Santo André
Em 2022, até a última quinta-feira (6/7), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) recebeu 23 reclamações
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População de bairros em Mauá, Santo André e capital reclamam de poluição e outros problemas

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Vani Maria Barbosa, 54 anos, mora no Jardim Sônia Maria, em Mauá, desde que nasceu

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A cadela Mel está com coceira e alergia na pele

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As amigas Daniela Carvalho, 34 anos, e Andressa Cristina Rocha, 28 anos, moram no bairro São Rafael, em São Paulo, há 20 anos

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MA cabeleireira Joziane dos Santos Nunes, 28 anos, mora desde 2012 no Parque Capuava, em Santo André

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Em 2022, até a última quinta-feira (6/7), a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) recebeu 23 reclamações

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As multas aplicadas pelo órgão estadual somaram R$447.580

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O polo petroquímico está localizado no Parque Capuava, em Santo André

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Estudo epidemiológico

Um estudo epidemiológico coordenado pela professora de endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC e doutora em endocrinologia pela Universidade de São Paulo (USP), Maria Angela Zaccarelli Marino, já mostrou que a região do polo tem cinco vezes mais casos de tireoidite de hashimoto que outras localidades.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a abrangência da pesquisa que está fazendo agora é inédita. Além de monitorar a população atingida, o estudo vai colher informações de 1,5 mil moradores de bairros sem exposição aos contaminantes – o que definirá uma base para análise comparativa.

As informações do levantamento da Prefeitura também serão usadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na Câmara Municipal em 2022, para averiguar a poluição gerada pelo Polo Petroquímico de Capuava.

Sintomas

Nessa segunda-feira (16/1), as equipes de saúde coordenadas pela Divisão de Vigilância Ambiental (Dvisam), da Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa), começaram as entrevistas que vão ouvir 4,5 mil pessoas vizinhas do polo petroquímico.

A investigação vai verificar se há relatos de sintomas como dor de garganta, rouquidão, ganho de peso ou perda de cabelo, que podem indicar alguma doença na tireoide ou outro problema endocrinológico.

Aqueles que contarem três ou mais problemas serão encaminhados para avaliação médica em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e coleta de exames, entre eles, TSH, T4 e anti-TPO. Os moradores que forem diagnosticados serão tratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Doenças da tiroide

As doenças da tireoide atingem cerca de 5% da população adulta. A tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação da tireoide provocada por uma falha no sistema imunológico. O organismo desenvolve anticorpos contra as células, prejudicando a glândula ou reduzindo sua atividade.

A tireoidite de Hashimoto é a principal causa de hipotireoidismo no Brasil, é mais comum em algumas famílias, o que pode indicar fator genético e acomete mais mulheres do que homens. Se não tratada adequadamente, pode levar ao coma e à morte.

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