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Lágrima pode transmitir Covid-19, mas risco é baixo, indica estudo

Pesquisa liderada por cientistas da USP concluiu que o vírus da Covid-19 pode ser detectado em superfície ocular

atualizado

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Paula Fróes/GOVBA
Testagem Covid Bahia BA
1 de 1 Testagem Covid Bahia BA - Foto: Paula Fróes/GOVBA

São Paulo – Pesquisa liderada por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que o vírus da Covid-19 pode ser detectado na superfície ocular, o que indica risco de transmissão por lágrima.

O estudo analisou amostras coletadas por swab em 33 pacientes internados no Hospital das Clínicas de Bauru, no interior de São Paulo, com diagnóstico confirmado de coronavírus, e de outras 14 pessoas sem o vírus.

O vírus da Covid-19 foi detectado na superfície ocular de 18,2% dos casos, resultado que sinaliza também o risco, apesar de baixo, de transmissão pela lágrima.

A conclusão foi publicada no Journal of Clinical Medicine em novembro de 2022 e divulgada nesta segunda-feira (23/1) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Alternativa

Para os pesquisadores, a coleta de lágrima pode ser uma alternativa mais confortável às alternativas atuais de exame de Covid-19.

“Pensamos em buscar um método de diagnóstico fácil, com a coleta de material sem tanto incômodo para os pacientes. O swab nasal, além de provocar desconforto, nem sempre é usado da maneira correta”, declarou professor Luiz Fernando Manzoni Lourençone, da USP, à Agência Fapesp.

Próximos passos

Os cientistas, no entanto, ainda não concluíram se a quantidade de lágrima coletada pode influenciar no resultado do exame. Segundo avaliam, os resultados indicam que a probabilidade de detectar o vírus em lágrimas é maior em pacientes com carga viral alta.

Agora, os pesquisadores querem expandir o estudo para detecção de outros tipos de vírus, além do Sars-CoV-2, por meio de testes e exames ligados aos olhos.

“Existem outros vírus ainda pouco estudados no Brasil. Pretendemos nos dedicar a encontrar soluções e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Vamos analisar também outras condições virais que se tornam sistêmicas”.

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