Cobertura da vacina tríplice viral em SP é a mais baixa em 10 anos
Cobertura da vacina tríplice viral, que previne sarampo, caxumba e rubéola, já chegou a 100% e agora está em 72,4% no estado de São Paulo
atualizado
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São Paulo – A cobertura da vacina tríplice viral, que previne sarampo, caxumba e rubéola, é a mais baixa dos últimos 1o anos no estado de São Paulo. O índice já chegou a 100% e agora, neste ano, caiu para 72,4%, para a faixa etária de um ano de vida.
Em 2015, as cidades paulistas alcançaram a maior proteção no período atingindo 105% dos bebês vacinados. Os dados são do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações.
O percentual ultrapassa os 100% porque o cálculo considera as doses aplicadas na estimativa de público-alvo, que pode ser menor que a população real.
Veja abaixo o percentual de vacinação desde 2002:
Cobertura vacinal ideal
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina tríplice viral deve ser tomada por 95% das crianças até um ano de idade para prevenir sarampo, caxumba e rubéola.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime, explica que com uma cobertura vacinal acima de 95% é possível criar um “cinturão de proteção inclusive para pessoas que não foram vacinadas”.
Transmissão
Essa imunidade de rebanho ocorre porque as pessoas imunizadas não voltam a ser infectadas por essas doenças. É importante ressaltar que o mesmo conceito não se aplica ao coronavírus.
“Quem é vacinado contra a Covid-19 pode pegar Covid, transmite Covid. Assim, a o benefício maior é não ter Covid grave. Contra o sarampo é diferente. As vacinas contra sarampo, rubéola, caxumba conseguem impedir a transmissão”, explicou o infectologista.
Baixa vacinação
Em 23/11, a OMS e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos emitiram um relatório que considera o sarampo uma ameaça global iminente.
A baixa vacinação infantil também pode ser observada em outros estados brasileiros. Inclusive, de acordo com a OMS trata-se de um fenômeno global. Segundo a instituição, a pandemia de Covid-19 foi um dos fatores que prejudicou a aplicação de imunizantes.