São Paulo tem maior número de transplantes de coração em 6 anos

São Paulo — O estado de São Paulo registrou, entre janeiro e agosto, o maior número de transplantes de coração para o período em seis anos. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, foram 97 procedimentos ante 90 realizados nos oito primeiros meses do ano passado, um crescimento de 8%.

Os números foram divulgados nesta quarta-feira (27/9), quando é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. De acordo com a secretaria, o número de doadores também cresceu e atingiu patamar equivalente aos anos anteriores à pandemia de Covid-19.

Um dos transplantes realizados no período foi o do apresentador Fausto Silva, que passou pelo procedimento no dia 27 de agosto, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Há variações no tempo de espera por um transplante. Para pessoas com sangue tipo B, por exemplo, varia de um a três meses, em média. Além do tipo sanguíneo, também são levados em consideração peso, altura, genética e o risco iminente de morte.

Segundo o coordenador do Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, Francisco Monteiro, há vários critérios para definir quem tem prioridade no recebimento do órgão.

“Por exemplo, no caso do coração, uma pessoa que tem dificuldade de andar, fica cansada, precisa tomar medicamento na veia 24 horas por dia, necessitando estar internada para a administração deste medicamento, para ajudar o coração a bater mais forte, isso é um critério de priorização. Essa pessoa é mais grave do que aquela que também está esperando em casa”, afirma.

De acordo com a secretaria, foram realizados 5.875 transplantes em geral no estado de São Paulo de janeiro a agosto, um aumento de 9,5% em relação a igual período de 5.360.

Os transplantes de córnea são os mais realizados (3.956). Na sequência, surgem os de rim (1.281).