São Paulo tem maior alta de mortes por dengue em 24h; total chega a 38
Em menos de 24 horas, São Paulo registrou 7 novas mortes por dengue, segundo dados da Saúde; outros 146 óbitos são investigados
atualizado
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São Paulo — Em menos de 24 horas, foram registradas mais sete mortes por dengue em São Paulo, a maior alta diária desde o início do ano, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Com isso, o total de vítimas da doença no estado chega a 38 — outras 146 são investigadas.
De terça para quarta (6/3), o painel de monitoramento da pasta atualizou uma morte em Matão; uma em Pederneiras (total chega a 3 na cidade); uma em Boracéia; uma em Franca; duas em Jacareí, e uma em Mairiporã.
Ainda na plataforma, uma morte no município de Restinga foi “suprimida”. O mesmo aconteceu na última quinta-feira (29/2), quando uma morte em Matão, antes informada pela Saúde, não aparecia mais na lista. Na ocasião, a pasta não respondeu por que os dados tinham sido retirados do painel.
As demais mortes foram registradas em Bariri (2); Batatais (1); Bauru (1); Bebedouro (1); Bragança Paulista (1); Campinas (1); Franca (1); Guarulhos (3); Marília (3); Mauá (1); Parisi (1); Pindamonhangaba (2); Ribeirão Preto (2); São Paulo (2); Serrana (1); Suzano (1); Taubaté (2); Tremembé (1); e Votuporanga (1).
O governo decretou estado de emergência para dengue nessa terça-feira (5/3). A decisão foi tomada depois que São Paulo atingiu 311 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, o que configura situação de epidemia.
Até o momento, o estado tem 152.471 casos confirmados da doença desde o início do ano. Destes, 187 são de dengue grave. O governo anunciou que o número de municípios paulistas que vivem uma epidemia de dengue chegou a 131, também na terça.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.