São Paulo e Campinas vão receber doses da vacina contra a dengue
Capital paulista e Campinas, no interior, serão incluídas na lista de cidades que receberão a vacina contra a dengue do Ministério da Saúde
atualizado
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São Paulo — O Ministério da Saúde anunciou, na manhã desta quarta-feira (27/3), que enviará doses da nova vacina contra a dengue para algumas cidades paulistas, entre elas a capital e Campinas, maior município do interior.
O imunizante deve ser destinado para pessoas com idade entre 10 e 11 anos, assim como tem sido feito em outros municípios do país que receberam a vacina Qdenga.
A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo secretário da Saúde da capital, Luiz Carlos Zamarco, e pelo prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos).
“É uma conquista fruto de nosso diálogo com o Ministério da Saúde para proteger os moradores. A vacina, juntamente com as medidas de prevenção, terá papel fundamental para enfrentarmos essa doença”, disse Saadi ao Metrópoles.
No caso da capital, a Prefeitura vai aguardar o plano estadual de imunizações para definir o calendário de vacinação.
Nessa terça-feira (26/3), a capital registrou a maior alta diária de mortes por dengue desde o início do ano, acompanhando a alta de vítimas em todo o estado. Até o momento, foram registradas 19 mortes no município.
Na semana passada, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) assinou o decreto de estado de emergência para dengue, em decorrência do avanço da doença. Atualmente, a taxa de incidência na cidade é de 778 casos para cada 100 mil habitantes — a partir de 300 é considerada epidemia.
Na ocasião, o prefeito subiu o tom nas críticas ao Ministério da Saúde por causa das vacinas. Disse ter encaminhado ofícios à pasta cobrando imunizantes para a capital. “A gente poderia ter evitado muitas mortes, já chegamos em 11 [óbitos] aqui na cidade de São Paulo”, disse Nunes na semana passada.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de conscientização da população sobre a importância de medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes e instalação de telas em janelas e portas.