São Paulo confirma primeiros casos autóctones de Febre de Oropouche
Os casos são na cidade de Cajati, no interior paulista, em 2 pessoas que não haviam viajado recentemente para locais com registros da doença
atualizado
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São Paulo – O governo paulista confirmou nesta quinta-feira (1°/8) os dois primeiros registros de Febre Oropouche no estado. Os casos são considerados autóctones porque as as pessoas infectadas não possuíam histórico de viagem para locais com muitos registros da doença.
Ambos os registros foram em Cajati, cidade na região do Vale do Ribeiro, no interior de São Paulo. As duas pessoas vivem na zona rural do município e tiveram seus exames analisados pelo Instituto Adolfo Lutz.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) os pacientes apresentavam sintomas parecidos com os da dengue, mas já se recuperaram e estão curadas.
Entenda a doença
O vírus causador da doença, o Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), foi registrado no Brasil pela primeira vez em 1960, mas os casos são mais comuns na região Amazônica. A doença é transmitida para os seres humanos principalmente pelo mosquito conhecido como maruim quando ele pica um animal ou pessoa infectados e depois pica uma pessoa sem o vírus.
No geral, os sintomas são parecidos com os da dengue, como dor muscular, náusea, dor de cabeça e diarreia.
Não existe um tratamento específico para a doença, por isso, as autoridades recomendam evitar viagens para regiões com alta incidência dos casos e se proteger contra a picada a partir de roupas que cubram a maior parte do corpo e repelentes.
Primeiras mortes registradas na história
No dia 25 de julho, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes causadas por Febre Oropouche no Brasil- esses foram os primeiros registros de óbito para a doença em toda a história. De acordo com o próprio ministério não existia relatos na literatura científica mundial sobre casos que terminaram em morte.
As vítimas eram duas mulheres que viviam no interior da Bahia e apresentaram inicialmente sintomas parecidos com os da dengue.
Só neste ano, mais de 7 mil casos da doença foram registrados no Brasil, sendo a maioria na região Norte do país.