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São Paulo bate recorde negativo de feminicídio e estupro em 2023

Dados oficiais da SSP mostram que foram registrados 221 casos de feminicídio e 14.504 de estupro em 2023, os piores índices da história

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Imagem colorida de Thalitta Fernandes. Ela está de jaleco - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Thalitta Fernandes. Ela está de jaleco - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – Com marcas de facadas, o corpo da médica Thallita da Cruz Fernandes, 28 anos, foi encontrado dentro de uma mala, em São José do Rio Preto, no interior paulista. Segundo a polícia, o autor do feminicídio era o namorado dela. Já a jovem Yasmin de Souza, de apenas 13 anos, acabou morta a pauladas após ser vítima de estupro. Nesse caso, a suspeita recaiu sobre o seu padrasto.

Esses são só alguns das 221 ocorrências de feminicídio notificadas em São Paulo ao longo de 2023, o primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). É o equivalente a um caso a cada 40 horas.

Trata-se do pior resultado já registrado na série histórica, iniciada em 2018, no estado. Até então, o recorde havia sido registrado em 2022, com 187 casos.

O número de estupros também bateu recorde negativo e atingiu o patamar mais alto desde 2001, segundo mostram as estatísticas oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP), divulgadas nesta sexta-feira (26/1).

Ao todo, foram 14.504 estupros registrados entre janeiro e dezembro de 2023 em São Paulo – um aumento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o crime já havia batido recorde.

Três a cada quatro casos de estupro (76,7%) foram praticados contra vítimas vulneráveis – ou seja, pessoas com até 14 anos ou incapazes de consentir.

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A médica Thallita Fernandes, de 28 anos, morava em São José do Rio Preto
Corpo da médica foi encontrado dentro de mala
Faculdade de Medicina publicou nota de pesar
Namorado está preso por morte de médica que foi encontrada dentro de uma mala
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Médica havia se formado em 2021

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A médica Thallita Fernandes, de 28 anos, morava em São José do Rio Preto

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Corpo da médica foi encontrado dentro de mala

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Faculdade de Medicina publicou nota de pesar

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Namorado está preso por morte de médica que foi encontrada dentro de uma mala

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Feminicídio

Recém-formada em medicina, Thallita era plantonista em um pronto-socorro de Bady Bassitt, também no interior, e a sua morte chocou a região.

Suspeito do crime, registrado em agosto de 2023, o namorado Davi Izaque Martins Silva, 26, foi capturado pela polícia, virou réu por feminicídio e está preso desde então. O caso ainda não tem sentença.

Outra ocorrência de repercussão envolveu o cantor sertanejo João Vitor Malachias, de 28 anos, suspeito de matar a ex-namorada, a dentista Bruna Viviane Angleri, 40. A vítima foi encontrada carbonizada em cima da cama, em Araras, no inteiror, no fim de setembro.

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Médico legista retirou fragmentos de bala do rosto de dentista carbonizada
Fotos da cena do crime mostram que fogo foi direcionado contra a dentista
Corpo da dentista Bruna Viviane Angleri, 40 anos, foi encontrado carbonizado em cima da cama
Bruna Angleri
Bruna Angleri
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Exame mostrou que vítima foi baleada no rosto

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Médico legista retirou fragmentos de bala do rosto de dentista carbonizada

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Fotos da cena do crime mostram que fogo foi direcionado contra a dentista

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Corpo da dentista Bruna Viviane Angleri, 40 anos, foi encontrado carbonizado em cima da cama

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Bruna Angleri

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Bruna Angleri

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Conforme revelou o Metrópoles, exames de raio-x realizados no corpo de Bruna também mostram que a vítima foi baleada no rosto. Estilhaços de projétil de arma de fogo, localizados na face da dentista, foram removidos por médico legista. João Vitor está preso temporariamente e alega inocência.

Segundo as estatísticas, o interior paulista é quem mais concentra ocorrências de feminicídio, com 64% dos casos. Só em dezembro de 2023, a região foi responsável por 15 das 26 ocorrências notificadas.

No segundo semestre de 2023, o secretário Guilherme Derrite, da Segurança Pública, anunciou um edital para comprar novas tornozeleiras eletrônicas para monitorar acusados de praticar violência doméstica em todo o estado de São Paulo.

O programa foi iniciado na capital paulista com a promessa de ser expandido para as outras cidades.

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