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São-paulino morto: PM vai reavaliar uso de “bean bag”, afirma Derrite

Secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite diz que PM ainda identificará de qual agente partiu o disparo que matou são-paulino

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Foto em preto e branco mostra Rafael Garcia, um homem negro de bigode, vestindo um boné e uma blusa preta com capuz - Metrópoles
1 de 1 Foto em preto e branco mostra Rafael Garcia, um homem negro de bigode, vestindo um boné e uma blusa preta com capuz - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta terça-feira (10/10) que a Polícia Militar (PM) ainda vai identificar de qual agente partiu o disparo que matou o torcedor são-paulino Rafael dos Santos Tercilio Garcia, 32 anos, na noite de 24 de setembro.

“Antes de mais nada, a gente lamenta muito o que aconteceu”, disse Derrite. “A linha de investigação vai ser para identificar, preservando o princípio da individualização da conduta, quem realmente efetuou esse disparo e as razões pelas quais o disparo foi efetuado.”

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O são-paulino morreu durante confusão entre torcedores e policiais militares
Rafael Garcia comemorava vitória do São Paulo contra o Flamengo pela Copa do Brasil
Documento diz que Rafael teria sido alvo de arma de fogo
Rafael Garcia era apaixonado pelo São Paulo
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Rafael Garcia criou torcida organizada com surdos

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Documento diz que Rafael teria sido alvo de arma de fogo

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O secretário do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) também afirmou que, por causa da morte do são-paulino, a PM deve formar mais um grupo de estudo para reavaliar o uso de “bean bag” (saco de feijão, em português) em ações de controle de tumultos.

Essa munição é adotada desde 2021, no lugar da bala de borracha, justamente após recomendação de um grupo de estudo da corporação, feito na gestão anterior.

“A partir desse trágico caso, [a PM] vai criar um grupo de estudo para, de fato, ver se é viavel ou não e, a partir daí, adotar as medidas necessárias: se cancela o uso, se mantém, se volta à munição antiga de elastômero [bala de borracha]”, afirmou. “É uma decisão técnica que vai ser tomada de forma técnica.”

Investigação

Rafael morreu de traumatismo cranioencefálico após ser atingido por um disparo de bean bag na cabeça em meio à comemoração do título da Copa do Brasil, conquistada pelo São Paulo, contra o Flamengo. À Polícia Civil, testemunhas relataram que a PM deixou de prestar os primeiros socorros e o são-paulino acabou carregado em uma escada, feita de maca improvisada, pelos próprios torcedores.

Laudo da perícia, obtido pelo Metrópoles, revela que somente dois PMs usavam espingardas calibre 12 no momento em que Garcia foi atingido. Um dos armamentos, ainda segundo o documento, apresentou problemas de funcionamento, ajudando a determinar o PM que atirou contra a vítima.

 

Uma testemunha, que registrou o avanço da PM em vídeo, comenta que policiais militares estariam sendo agredidos por torcedores em um ponto abaixo de sua janela. Isso levou a Polícia Civil a crer que o PM teria atirado “para intervir neste ponto do confronto entre polícia e torcida organizada”.

Além da investigação da Polícia Civil, o caso é investigado em inquérito policial militar (IPM), conduzido pela PM.

“Bean bag”

As “bean bags” estão sendo usadas desde 2021 pela corporação para conter distúrbios urbanos, como grandes aglomerações, a exemplo do tumulto ocorrido após a final da Copa do Brasil, com o título do São Paulo sobre o Flamengo. Esse tipo de munição é utilizado por instituições de policiamento em países como os Estados Unidos e o México.

Segundo a PM, trata-se de munição de menor potencial ofensivo e menos letal. Ela é utilizada para causar distração a um possível agressor. Ao atingir o suspeito, a força policial ganha alguns segundos – parece pouco, mas pode ser tempo suficiente para solucionar um sequestro, por exemplo.

O objetivo é que a “bean bag” substitua as balas de borracha gradativamente. A corporação investiu cerca de R$ 620 mil para comprar cerca de 20 mil munições do tipo da empresa americana Safariland.

O material começou a ser comprado pela PM durante a pandemia de Covid. Na época, a PM argumentou que as balas de borracha tinham alguns problemas, como desvios de trajetória do tiro, o que colocaria pessoas em risco.

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