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“Santo apagão”: PSol diz que análise “nunca ocorreu em espaço oficial”

Partido de Guilherme Boulos, PSol divulgou nota após debate negando relação com análise que chamou blecaute em SP de “santo apagão”

atualizado

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1 de 1 nunes boulos temporal - Foto: Reprodução/ Instagram

São Paulo — O PSol divulgou uma nota na noite deste sábado (19/10), após o segundo debate entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado psolista Guilherme Boulos no 2º turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, na qual afirma que a análise em que um integrante da sigla chama o temporal que deixou milhares de pessoas sem luz na capital de “santo apagão” porque teria afetado o desempenho do emedebista nas pesquisas “nunca ocorreu em um espaço oficial do partido ou da campanha”.

A mensagem de WhatsApp (veja abaixo), obtida pelo Metrópoles com uma fonte da campanha de Boulos e revelada na última quinta-feira (16/10), dizia que “o apagão nos levou a novo patamar”, mas que a “queda de Nunes” nas pesquisas “provavelmente não se manterá no mesmo ritmo passada a comoção”. Diante dessa previsão, o texto afirma que “uma nova chuva com ventos fortes seria bem-vinda”. Na ocasião, a equipe de Boulos negou que o texto seja de autoria da campanha e disse desconhecer a origem da mensagem.

O texto foi enviado na segunda-feira (14/10) para diversos integrantes da campanha por um membro do PSol ligado à análise de dados interna. O nome do autor do texto não foi revelado. O assunto foi explorado por Nunes durante o debate da Record/Estadão, na noite deste sábado. Boulos reagiu dizendo que a mensagem era “fake news”. O candidato do PSol tem responsabilizado a Enel e o prefeito pelo apagão, por causa da demora na poda de árvores, levando o tema para a propaganda eleitoral no rádio e na TV.

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Procurada, a campanha de Boulos, que é coordenada por integrantes do PSol, afirmou que “jamais verá como vantagem a crise que atingiu de maneira cruel a cidade de São Paulo na última sexta-feira”. Internamente, a análise das pesquisas eleitorais e dos trackings cabe a Juliano Medeiros, ex-presidente nacional do PSol, responsável, também, por apresentar os dados aos demais integrantes todas as segundas-feiras em uma reunião da coordenação de campanha.

“A campanha de Guilherme Boulos não reconhece o conteúdo obtido pelo Metrópoles e é enfática ao afirmar que esse texto não é de autoria de Juliano Medeiros nem corresponde ou se assemelha à análise produzida com base nos trackings internos que foi enviada aos membros da coordenação”, diz a equipe de Boulos, em nota.

Neste sábado, após a repercussão do caso no debate, o PSol divulgou uma nota na qual afirma que “repudia veementemente” a reportagem do Metrópoles e que a análise enviada a integrantes da campanha por WhatsApp “nunca ocorreu em um espaço oficial do partido ou da campanha”.

“O partido, desde o momento em que o desdobramento das chuvas resultou em falta de energia, alagamentos, quedas de árvore, entre outros ocorridos graves e evitáveis na cidade de São Paulo, esteve ao lado e se solidarizou com as vítimas da total ausência de ação da Prefeitura de São Paulo, denunciando  os verdadeiros culpados pelo apagão que prejudicou tantas pessoas: a Enel e a Prefeitura de Ricardo Nunes”, diz a nota do PSol.

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