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Santa Casa de SP afasta médico acusado de importunação sexual

Médico residente teria passado a mão nas partes íntimas de paciente durante cirurgia; Cremesp abriu investigação sobre suposta importunação

atualizado

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Reprodução/Santa Casa
Imagem da fachada da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Imagem da fachada da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - Metrópoles - Foto: Reprodução/Santa Casa

São Paulo —  A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo afastou um médico residente em ortopedia acusado de importunação sexual durante uma cirurgia. A informação é da Folha de S. Paulo e foi confirmada pelo hospital ao Metrópoles. 

Ramiro Joaquim de Carvalho Neto, de 33 anos, teria passado a mão nas partes íntimas de uma paciente enquanto realizava uma cirurgia, de acordo com a denúncia recebida pela Folha de S. Paulo.

O assédio, que teria acontecido há duas semanas, foi filmado por outros médicos na sala de cirurgia e o vídeo foi entregue à direção do hospital.

A Santa Casa disse que afastou o residente imediatamente após receber uma denuncia anônima de importunação sexual. A instituição abriu uma sindicância para apurar o caso e aguarda o resultado da investigação interna para registrar um Boletim de Ocorrência.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) afirmou à reportagem que não recebeu nenhuma denúncia formal sobre o caso da Santa Casa, mas abrirá uma investigação, “que tramitam sob sigilo determinado por lei”.

Denúncia na Unicamp

Ramiro de Carvalho Neto também é alvo de uma denúncia de importunação sexual na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde cursou a graduação em medicina.

Uma sindicância foi aberta pela universidade em 2013, quando teriam ocorrido os assédios. Ele estava no segundo ano de faculdade.

Segundo descrito na sindicância obtida pela Folha de S.Paulo, durante a realização de jogos universitários, uma estudante afirmou ter acordado com o Ramiro com o pênis à mostra e as mãos nas partes íntimas dela. A jovem disse ter ficado traumatizada e sem conseguir frequentar as aulas por meses.

A investigação da Unicamp ainda apurou relatos de outras alunas que acusaram o então estudante de medicina de ter mostrado o pênis durante a competição universitária.

Em nota, a Unicamp informou que, na época dos fatos, Ramiro foi penalizado com as medidas disciplinares cabíveis, tendo sido suspenso por 90 dias.

O Metrópoles tentou contato com Ramiro por telefone, mas não obteve sucesso. O espaço permanece aberto para manifestações a respeito das denúncias.

 

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