San Lorenzo nega que argentinos presos por racismo no Morumbi sejam dirigentes do clube
Em comunicado oficial, San Lorenzo afirma que os torcedores presos em São Paulo são Matías Ezequiel Ramírez e David Emanuel Benedetto
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O San Lorenzo, time de futebol da Argentina, negou nesta sexta-feira (11/8) que os homens presos em flagrante por racismo em São Paulo sejam da diretoria do clube. Em comunicado oficial, a agremiação também afirmou ser contra “qualquer ato discriminatório”.
No comunicado, o San Lorenzo informou que os argentinos presos são Matías Ezequiel Ramírez e David Emanuel Benedetto, ambos sem cargo oficial no clube. Os dois argentinos tiveram o flagrante convertido em prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Segundo o clube argentino, os dois teriam viajado para o Brasil para torcer pelo time no jogo contra o São Paulo, válido pela Sul-Americana, realizado na noite de quinta-feira (10/8).
Na ocasião, David Emanuel foi flagrado arremessando uma banana e fazendo gestos racistas em direção a uma criança de 12 anos. Ela foi vista chorando após o incidente.
Já Matías Ezequiel, que estava no camarote do Morumbi que foi destinado ao clube argentino, é suspeito de mostrar uma foto de macaco para os torcedores do São Paulo e fazer gestos racistas.
Na nota, o San Lorenzo afirmou, ainda, que “repudia o tratamento recebido na chegada e durante a partida”. “A delegação teve que acomodar nos camarotes os torcedores que estavam sendo assediados pela torcida local para resguardar sua integridade física”, diz.
Três dirigentes do clube permaneceram em São Paulo para acompanhar e colaborar com o processo. “San Lorenzo, fiel à sua história, se manifesta a favor de um futebol de paz e contra qualquer ato discriminatório”.