Saiba o que fazer antes, durante e depois do temporal previsto para 6ª
Temporal previsto para sexta-feira (18/10) chega uma semana após tempestade que provocou mortes e queda de energia em São Paulo
atualizado
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São Paulo — A Grande São Paulo nem se recuperou do temporal da última semana e uma frente fria com potencial para causar novos transtornos se aproxima, com previsão de chegada para esta sexta-feira (18/10). Rajadas de vento de 60 km/h, granizo, raios e grande volume acumulado de chuva fazem parte previsão da Defesa Civil até o domingo (20/10).
A Defesa Civil tem uma série de recomendações para situações como essa. Antes da tempestade, a principal recomendação é para que as pessoas se mantenham informadas sobre a previsão do tempo, alertas das autoridades e, a partir disso, mudem os planos, se necessário.
Também é fundamental buscar local seguro e permanecer bem abrigado. Há dicas práticas em relação à conclusão de obras que ainda esteja mal-acabadas, além de recomendações para que o madeiramento e o telhado das casas sejam checados com antecedência, evitando destelhamento durante um temporal.
No caso de vendaval, dicas básicas é para colocar no chão objetos que possam cair, além de desligar aparelhos elétricos e o gás.
Como há previsão de queda de granizo, é preciso ter atenção ainda aos veículos, mantendo-os em lugar coberto e seguro para evitar danos na lataria.
O estado de São Paulo deve receber um grande volume de chuva e, com ele, podem surgir pontos de alagamento. Moradores devem, com antecedência, encontrar lugares para onde correr antes que a água suba.
Durante a tempestade, a primeira recomendação da Defesa Civil é para que a pessoa se abrigue imediatamente ao ouvir trovões. A dica é ficar longe de janelas, tomadas, materiais metálicos e também coberturas frágeis de metal. Rachaduras e trincas em telhados são sinais para que se procure outro local. Não se deve ficar perto de árvores.
Uma das dicas é para que se evite dirigir durante uma tempestade, buscando um local seguro. Cabos elétricos e postes podem cair com ventos fortes, como se viu na última semana.
Em caso de alagamento, é importante evitar travessias. Uma profundidade de apenas 15 cm de água em movimento é suficiente para derrubar uma pessoa. Com 30 cm, um carro pode ser arrastado.
A Defesa Civil também dá orientações sobre o que fazer após a tempestade, quando as estruturas podem estar fragilizadas.
Se houver destelhamento de um imóvel, é importante checar o madeiramento antes de entrar. Em caso de granizo, é importante não fazer qualquer manutenção até o derretimento do gelo. Como quem mora em São Paulo já deveria saber, é preciso redobrar a atenção com as árvores e cabos elétricos caídos.
Após uma inundação, alimentos que tiveram contato com a água da enchente devem ser descartados. Não se deve voltar para casa antes de as águas baixarem.
Mudanças
Porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, o capitão Roberto Farina afirma que tempestades tão severas têm alterado o comportamento da população. “O brasileiro está mudando a mentalidade, porque antigamente não tínhamos tantos eventos extremos. Agora, a gente está vendo isso acontecer em espaço e tempo menores”, diz.
Farina ressalta que todo cuidado é pouco, mas é preciso pânico. “A gente não vai criar nenhum alarde. É só no momento da chuva ter cuidado, não ficar perto de árvores”, diz, sobre as regras mais básicas de prevenção.
O representante da Defesa Civil diz que a diferença da próxima sexta em relação à última é que, desta vez, a temperatura não está tão elevada. “Agora, temos um cenário mais ameno, a temperatura não está tão elevada. Porém, traz chuvas mais intensas. Por isso, o alerta da Defesa Civil é de possibilidade de chegar a cenário extremo”, afirma. “Se caso não se concretizar, o menos pior aconteceu”, completa.