Alesp suspende sessão da Sabesp após pancadaria e gás lacrimogêneo
Durante votação no plenário da Alesp, manifestantes contra o projeto de privatização entraram em confronto com policiais militares nesta 4ª
atualizado
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São Paulo – Uma confusão entre manifestantes e a polícia terminou com agressões, spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e deputados retirados às pressas do plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), muitos deles passando mal.
Durante a votação em plenário do projeto de privatização da Sabesp, um grupo que estava na galeria começou a gritar contra a desestatização e a socar e chutar os vidros que o separava do espaço reservado aos deputados.
A polícia reforçou o efetivo, mas a confusão teve início e agentes começaram a agredir os manifestantes, que continuavam a bater nos vidros. Também foram jogados spray de pimenta e gás lacrimogêneo no espaço interno, o que tomou todo o plenário.
Deputados foram retirados às pressas, em especial os mais idosos e a deputada Paula Nunes (PSol), que está grávida. O plenário foi esvaziado com pessoas deixando o local tossindo, com ânsia de vômito e os olhos lacrimejando.
A sessão sobre a privatização da Sabesp foi suspensa por tempo indefinido. Do lado de fora do plenário, próximo à saída da garagem, assessores parlamentares corriam com cadeiras e garrafas d’água para acudir os deputados.
Vivian Mendes, líder do partido Unidade Popular, e candidata ao Senado por São Paulo nas últimas eleições, foi detida no tumulto. Além dela, outras três manifestantes saíram da Alesp algemadas.