metropoles.com

Sabesp: “Se fala em privatização dá arrepio”, diz presidente da Câmara

Presidente da Câmara, o vereador Milton Leite disse que a falta de luz e as críticas à Enel pioraram o cenário para a privatização da Sabesp

atualizado

Compartilhar notícia

Richard Lourenço/Rede Câmara
Fotografia colorida mostra Gilberto Kassab e Milton Leite sentados lado a lado na Câmara Municipal de São Paulo durante a reunião de comissão criada para discutir a privatização da Sabesp - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostra Gilberto Kassab e Milton Leite sentados lado a lado na Câmara Municipal de São Paulo durante a reunião de comissão criada para discutir a privatização da Sabesp - Metrópoles - Foto: Richard Lourenço/Rede Câmara

São Paulo – Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Milton Leite (União) afirmou nesta quinta-feira (9/11) que a tendência, hoje, é que a Casa Legislativa não aprove a privatização da Sabesp no município.

“Hoje a Câmara não tem a métrica para dizer se vota sim ou não. Hoje a tendência é não”, disse ele durante reunião da comissão criada pela Câmara Municipal para avaliar os impactos da desestatização da companhia de saneamento.

A fala de Leite foi direcionada à secretária do Meio Ambiente, Logística e Infraestrutura, Natália Resende, ao presidente da Sabesp, André Salcedo, e ao secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), todos presentes na Casa para defender a privatização, uma das promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Leite e outros vereadores disseram que precisam de mais informações para se convencerem de aprovar a privatização – a capital paulista responde por 55% do faturamento da empresa.

O presidente da Câmara também citou os recentes problemas com a Enel, concessionária de energia, pela falta de luz que atingiu mais de 1,4 milhão no município após o temporal de 3/11.

“Na situação em que nos encontramos hoje, é difícil de se fazer [a privatização]. O ambiente nesse momento piorou. A história da companhia de energia está aí… Se fala em privatização dá arrepio, neste momento”, disse Milton Leite.

O vereador mencionou, como exemplo, o fato de a Câmara Municipal ter aprovado “em tempo recorde” uma CPI para investigar a prestação de serviços da Enel na capital “tamanha a repulsa da sociedade sobre o tema de energia que temos hoje”. O tempo entre a coleta de assinaturas e a instalação da comissão, segundo Leite, foi de 48 horas.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) já alertou aliados que pretende enviar um projeto um projeto de lei autorizando a capital a manter o contrato com a Sabesp assim que a Assembleia Legislativa (Alesp) aprovar o projeto de privatização da companhia.

A privatização também precisa ser aprovada pelas câmaras municipais de todas as 375 cidades paulistas que possuem contratos com a Sabesp. O contrato das prefeituras com a estatal contém uma cláusula de cancelamento em caso de privatização, o que exigirá a assinatura de novos contratos.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?