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Sabatina com Marçal: Boulos faz aposta de risco para furar a bolha

Derrotado no 1º turno, Marçal convidou Nunes e Boulos para uma sabatina nesta 6ª feira, mas apenas o candidato do PSol aceitou participar

atualizado

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Montagem/Reprodução e Leandro Paiva
Montagem de Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSol)
1 de 1 Montagem de Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSol) - Foto: Montagem/Reprodução e Leandro Paiva

São Paulo – A participação de Guilherme Boulos (PSol) na sabatina de Pablo Marçal (PRTB), nesta sexta-feira (24/10), é vista pela campanha como uma oportunidade que pode tanto dar certo como pode ser um “tiro no pé” para tentar atrair os eleitores do influenciador, que ficou em terceiro lugar e recebeu mais de 1,7 milhão de votos para a Prefeitura da capital no 1º turno.

Boulos está 14 pontos atrás do prefeito Ricardo Nunes (MDB), segundo o Datafolha divulgado nessa quinta-feira (24/10) e, embora veja a distância se reduzir ao longo das últimas semanas, também enxerga que há pouco tempo para tentar virar os votos dos eleitores de Marçal que, em sua grande maioria, migraram para o emedebista.

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Boulos e Lula em carro durante caminhada na Av. Paulista
O petista cancelou a ultima agenda com o psolista por causa da chuva
Marina Silva, Luiza Erundina, Guilherme Boulos, Lula e Marta Suplicy na Av. Paulista no sábado (5/10)
Marta Suplicy e Guilherme Boulos em carreata na Brasilândia
Erundina, Boulos e Haddad em caminhada em Heliópolis
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Boulos discursa em ato de campanha

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Boulos e Lula em carro durante caminhada na Av. Paulista

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O petista cancelou a ultima agenda com o psolista por causa da chuva

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Marina Silva, Luiza Erundina, Guilherme Boulos, Lula e Marta Suplicy na Av. Paulista no sábado (5/10)

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Marta Suplicy e Guilherme Boulos em carreata na Brasilândia

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Erundina, Boulos e Haddad em caminhada em Heliópolis

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Lula e Boulos durante caminhada na Av. Paulista

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Boulos posa ao lado de mascotes durante agenda de campanha

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Boulos em aula pública de cursinho popular na zona sul

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Candidato à Prefeitura de SP, Guilherme Boulos (PSol) chega ao debate do SBT em 20/9

Lourival Ribeiro/SBT e Rogerio Pallatta/SBT
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Boulos e Marta em ato na Praça da Sé, no centro de SP

Leandro Paiva/Divulgação Boulos
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Juliana Arreguy/Metrópoles

No cálculo feito pela campanha, Boulos dificilmente perderá os votos que já conquistou até o momento, tornando menor a chance de se prejudicar com a participação na sabatina. O ganho político, se houver, é visto como “excelente”, nas palavras de um interlocutor, caso ele consiga fisgar ao menos uma parcela do eleitorado de Marçal.

Boulos tem promovido acenos aos eleitores de Marçal desde o fim do 1º turno, apelando principalmente para o “sentimento de mudança” em relação à gestão Nunes. Nas últimas semanas, ele incorporou propostas do influenciador e têm buscado maior diálogo com setores que apoiaram em peso o candidato do PRTB, como pequenos comerciantes e motoristas de aplicativo.

O deputado também tem feito uma mea culpa sobre a atuação da esquerda ante o eleitorado – Boulos chegou a dizer que a “periferia mudou” em carta ao povo paulistano – e entende que, mais do que nunca, é necessário “furar a bolha” para dialogar com um público que é inclinado a rejeitá-lo. Segundo o Datafolha, 55% dos eleitores disseram não votar “de jeito nenhum” em Boulos.

Por isso, a estratégia é a de partir para o tudo ou nada a dois dias da votação. A campanha calcula que, na pior das hipóteses, a sabatina pode piorar a rejeição de Boulos entre os eleitores de Marçal, um campo no qual o psolista provavelmente já é altamente rejeitado, o que pouco mudaria o panorama em relação ao cenário atual.

O papo direto com o influenciador, que promoveu diversos ataques a ele durante o 1º turno, é visto pela campanha também como uma manifestação de coragem para encarar Marçal e lidar com questionamentos incômodos, atraindo a atenção de eleitores que foram fisgados pela atuação disruptiva do influenciador.

Outro fator levado em consideração pela campanha é a oportunidade de Boulos mostrar que, diferentemente do que prega Nunes, ele é aberto ao diálogo com agentes de um campo político completamente oposto ao seu.

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