Ruas Abertas: Liberdade terá 4 ruas fechadas para carros aos domingos
Segundo a Prefeitura de São Paulo, o projeto, já existente na região da Avenida Paulista, será implantado na Liberdade em duas etapas
atualizado
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São Paulo – A partir deste domingo (1/10), quatro ruas do bairro da Liberdade, no centro da capital paulista, serão fechadas para carros e abertas exclusivamente para pedestres e ciclistas aos domingos e feriados, das 9h às 20h..
As vias escolhidas para integrar o projeto Ruas Abertas são a Rua dos Estudantes (entre a Av. da Liberdade e Rua da Glória), Rua dos Aflitos, Rua Américo de Campos (trecho entre a Rua Galvão Bueno e a Rua da Glória) e Rua Galvão Bueno (trecho entre a Rua Américo de Campos e a Praça da Liberdade).
A mesma iniciativa já acontece em regiões como a Avenida Paulista, que é fechada aos domingos e feriados das 8h às 16h. Segundo a Prefeitura de São Paulo, o projeto vai ser implantado na Liberdade em duas etapas:
A primeira, que inicia neste domingo (1/10), consiste na abertura de ruas para pedestres aos domingos e feriados, com apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para o monitoramento do tráfego de veículos.
A segunda etapa, ainda em desenvolvimento, prevê a execução de obras permanentes para ampliar espaços de permanência e lazer, fortalecer o comércio local e reduzir o impacto ambiental.
Em junho, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) abriu uma consulta pública sobre o fechamento das ruas do bairro aos domingos e feriados. O projeto recebeu 4200 contribuições e contou com a aprovação de 89% das pessoas, segundo a Prefeitura. Duas audiências públicas para debater o tema também foram realizadas.
Com história marcada pela influência das culturas negra e japonesa, a Liberdade é um dos pontos turísticos de São Paulo e fica lotada aos finais de semana com frequentadores que visitam as feiras gastronômicas e lojas do bairro.
Turistas e comerciantes da Liberdade comemoraram o anúncio da Prefeitura. A pernambucana Dilma Bezerra visita o bairro uma vez por ano, quando vem à São Paulo, e disse que a mudança trará mais segurança para passear nas ruas.
“Sem carro é uma ótima opção para os pedestres. Tem mais conforto”, disse ela.
Vendedora de doces na Rua Galvão Bueno, Teresa Leal acredita que o programa trará mais movimento para a região. “Vai ser muito bom para os comércios, vai ajudar bastante”, afirma.
Teresa diz que os veículos costumam levar até 10 minutos para cruzar um trecho pequeno da rua por causa da movimento intenso de turistas.
“Aqui tem muito comércio, muito ambulante. Os carros passarem não é bom nem pra eles”, diz a vendedora.
Ex-morador da região, Saito Tiossi também diz que o programa é bem-vindo. “Já deveriam ter feito isso há muito tempo”, diz ele.