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Rua do centro de SP fecha por 10 dias para evento do Templo de Salomão

Evento comemora 10 anos de inauguração do Templo de Salomão. Rua Dr. Carlos Botelho, no Brás, foi interditada entre os dias 22 e 31 de julho

atualizado

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Reprodução/Igreja Universal
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1 de 1 Imagem colorida mostra o Templo de Salomão, no Brás - Metrópoles - Foto: Reprodução/Igreja Universal

São Paulo — Desde segunda-feira (22/7), parte da rua Doutor Carlos Botelho, no bairro do Brás, centro de São Paulo, está fechada para as comemorações do aniversário do Templo de Salomão, sede mundial da Igreja Universal do Reino de Deus.

O evento altera o trânsito na área por dez dias, com o fluxo de veículos retornando ao normal apenas na próxima quarta-feira (31/7), quando se celebram dez anos da inauguração do templo.

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a área ficará fechada de segunda a sexta-feira das 15h às 00h, e de sábado a domingo das 6h às 00h. A companhia informa que monitora a interdição e orienta o trânsito na região durante esse período.

Localizada nos fundos do Templo de Salomão, a rua Doutor Carlos Botelho fica interditada entre as ruas Bresser e João Boemer, quarteirão dividido entre alguns comércios e instalações da própria Igreja Universal, que mantém no local a sede da Força Jovem Universal (FJU), a Escola Bíblica Infantil (EBI) e outra filial da igreja. Segundo a CET, ruas João Boemer, Santa Clara e Bresser poderão ser usadas como rotas alternativas.

Dez anos do Templo de Salomão

No próximo dia 31 de julho, o Templo de Salomão completará dez anos desde sua inauguração na região central de São Paulo, em 2014. Com uma área de 100 mil metros quadrados, a igreja foi erguida em meio a uma polêmica sobre seu alvará de construção.

Na época da inauguração, um inquérito do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apurou que o templo foi construído com um alvará de reforma, e não de construção. Além disso, a igreja está situada em uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis), que, segundo o Plano Diretor da cidade, deveria ser destinada a moradias populares.

A concessão do alvará que permitiu a inauguração do Templo de Salomão ocorreu após negociações entre a Igreja Universal, o Ministério Público Estadual e a Prefeitura de São Paulo, então sob a gestão de Fernando Haddad (PT). Durante o processo, a Igreja teve a opção de investir em uma reforma viária nas ruas ao redor do templo ou de doar um terreno para a construção de moradias populares, optando pela última alternativa

Em 2018, a  Igreja Universal assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o MPSP e a Prefeitura regulamentando sua situação. Como contrapartida, a igreja fez a doação de um terreno de 17.404,57 m² na rua Ulisses Cruz, no bairro da Mooca, onde deveriam ser construídas 3 mil habitações de interesse social. Até 2024, nenhuma moradia foi erguida.

No ano passado, a situação do Templo foi totalmente regulamentada com a revisão do Plano Diretor Estratégico, que deixou de exigir o respeito da classificação Zeis se os terrenos forem “destinados a locais de todo culto”. Desde julho deste ano, o templo faz parte da Lista de Bens Turísticos de Valor Excepcional Permanente da capital.

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