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Roubo de moto: veja modelo, local e horário mais visados pelos ladrões

Roubo de moto têm incidência maior em bairros da zona sul de SP, durante a noite e modelos simples são mais levados por ladrões

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Imagem mostra motociclistas aguardando antes da faixa de pedestre - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra motociclistas aguardando antes da faixa de pedestre - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — Grandes bairros da zona sul lideram o ranking de roubo de moto na capital paulista, que tem crescido neste ano na cidade. Dados oficiais mostram ainda que 4 em cada 10 crimes dessa natureza aconteceram durante o fim de semana (38%) e que o período da noite, entre 18h e 23h59, é o preferido pelos ladrões para fazer as abordagens.

Para traçar o perfil dos roubos de motocicletas, o Metrópoles usou como base os dados da transparência da Secretaria da Segurança Pública (SSP), entre março e setembro, com 2.066 boletins de ocorrência.

Os números mostram que os bairros Campo Limpo (37º DP), com 113, e Capão Redondo (47º DP), com 91 casos, foram os locais com mais registros de roubos de motos na cidade de São Paulo nos sete meses analisados.

Grandes vias da zona sul formam as cinco primeiras do ranking de roubos, a começar pela Avenida Nações Unidas (a Marginal Pinheiros) e a Estrada de Itapecerica, ambas com 21 casos. Na sequência, aparecem a Avenida Interlagos e a Estrada do Campo Limpo, com 19 cada, e a Estrada do Alvarenga (16).

Entre os 10 modelos mais visados nos assaltos, quatro são variações da Honda CG 160 (Fan, Titan, Start e Cargo), moto bastante comum e muito usada por entregadores de aplicativo na cidade. Elas respondem por 18% das motocicletas roubadas em São Paulo (371).

Motos potentes também estão na mira dos ladrões. Entre elas, aparece o modelo CB 500F, com 500 cilindradas e custo a partir de R$ 40 mil, com 16 casos registrados no período.

Furtos

Se a zona sul tem uma grande incidência de roubos, a zona oeste se destaca entre os furtos de motos. A liderança fica com Perdizes (23º DP), com 271 casos, seguida da Lapa (7º DP), com 228. Outros bairros dentro do centro expandido de São Paulo, como Aclimação (5º DP), Jardins (78º DP), Cambuci (6º DP), Vila Clementino (16º DP) e Brás (8º DP) também estão entre os 10 primeiros do ranking.

A reportagem usou os mesmos critérios adotados em relação aos roubos e chegou a 5.631 furtos em sete meses.

Como crimes de oportunidade, os furtos ocorrem, inclusive, em pequenas vias da capital paulista, como algumas da zona leste que aparecem entre as primeiras com mais incidência.

A liderança é da Avenida Sapopemba (34 casos), a maior da capital, que serpenteia por toda a zona leste.

Entretanto, vias bem menores também se destacam entre as 10 mais visadas por quem furta motos em São Paulo. A vice-liderança, por exemplo, é da Avenida Vila Ema, com 30 casos.

Perto dali, na Rua Cavour, na Vila Prudente, também há grande incidência — foram 22 casos nos sete meses. No local, há vagas demarcadas na via para estacionamento de motos, principalmente em um trecho mais próximo a um centro universitário.

Na Rua Américo Ventura, na Mooca, também na zona leste, foram levadas 19 motos em frente ao Hospital e Maternidade São Cristóvão. No local, também há vagas para motocicletas na rua, sem vigilância.

Com relação aos modelos, chama a atenção o fato de a CG 160 Fan corresponder a praticamente uma em cada cinco motos furtadas na capital paulista (19%).

O que diz a SSP

A SSP afirma que reforçou as ações de combate aos roubos e furtos de veículos, especialmente os de motos de alta cilindrada.

“Em agosto, foi realizado o 5º encontro entre representantes da pasta, entidades e movimentos deste setor, para discutir as medidas a serem adotadas no combate ao chamado ‘roubo ostentação’, que visa as motos de alto valor exibidas pelos criminosos em redes sociais”, diz, em nota.

Segundo a SSP, no dia 18 de outubro, por exemplo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em oito endereços diferentes na Grande SP.

A SSP diz que houve queda de 5,7% nos roubos de veículos, de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o menor índice da série histórica (iniciada em 2001), sem considerar os anos de pandemia da Covid-19 (2020 e 2021). “No mesmo período, foram recuperados 34.102 veículos roubados e furtados no Estado”, afirma.

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