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Vem aí! Programação do Masp traz exposição de Paul Gauguin

Em 2023, a programação do museu é dedicada às histórias indígenas e apresenta mostras de Carmézia Emiliano, Melissa Cody entre outras

atualizado

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@masp/Instagram/Reprodução
Museu de Arte de São Paulo (MASP)
1 de 1 Museu de Arte de São Paulo (MASP) - Foto: @masp/Instagram/Reprodução

Em 2023, seguindo a série “Histórias”, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) apresenta um olhar voltado às diferentes histórias indígenas ao redor do mundo. Entre os destaques da programação está a mostra “Paul Gauguin: o outro e eu”, que pretende ser a primeira exposição a problematizar a relação do artista francês com a ideia de alteridade e da exotização do “outro”.

A mostra trará obras de Gauguin que fazem parte de acervos de importantes museus internacionais como Metropolitan Museum (Nova York), Musée d’Orsay (Paris), Tate (Londres) e National Gallery (Londres). Outra atração internacional será a individual da americana Melissa Cody, artista Navajo que trabalha com arte têxtil.

A principal exposição do ano será a coletiva “Histórias Indígenas”, que apresentará diferentes relatos de histórias indígenas do mundo, por meio da arte e das culturas visuais, reunindo obras de múltiplas mídias, tipologias, origens e períodos.

Confira detalhes da programação

Paul Gauguin: o outro e eu

De abril a agosto
De maneira crítica, a mostra aborda o que considera os problemas centrais na obra do artista francês Paul Gauguin: seus autorretratos e trabalhos produzidos no Taiti (Polinésia Francesa), onde realizou suas pinturas mais conhecidas e passou a maior parte da última década de sua vida. A exposição está estruturada a partir das pinturas de Gauguin que estão acervo do Masp: Autorretrato e Pobre pescador, ambas produzidas no Taiti em 1896. Museus como Metropolitan Museum (Nova York), National Gallery of Art (Washington), J. Paul Getty Museum (Los Angeles), Musée d’Orsay (Paris), Tate (Londres), National Gallery (Londres) também emprestaram trabalhos para mostra.

5 imagens
Autorretrato (perto do Gólgota), 1896, Paul Gauguin
Mellissa Cody, Under Cover of Webbed Skies, 2021
Carmézia Emiliano, Wazaká – A árvore da vida, 2022
Escultura Chavin, AméricaPeru,Costa Norte ou Serra Central (Vale de Jequetepeque W.A.)
Século XI ao IV a.C. ou Século IX ao III a.C.
1 de 5

Pobre pescador, 1896, de Paul Gauguin

Masp/João Musa
2 de 5

Autorretrato (perto do Gólgota), 1896, Paul Gauguin

Masp/João Musa
3 de 5

Mellissa Cody, Under Cover of Webbed Skies, 2021

Courtesy of the artist and Garth Greenan Gallery, New York
4 de 5

Carmézia Emiliano, Wazaká – A árvore da vida, 2022

Reprodução/Rodrigo Guedes da Silva
5 de 5

Escultura Chavin, AméricaPeru,Costa Norte ou Serra Central (Vale de Jequetepeque W.A.) Século XI ao IV a.C. ou Século IX ao III a.C.

Jorge Bastos

Histórias indígenas

De outubro a fevereiro de 2024
A grande exposição coletiva apresenta diferentes relatos de histórias indígenas do mundo por meio da arte e das culturas visuais, reunindo obras de múltiplas mídias, tipologias, origens e períodos. A exposição está dividida em oito núcleos, sendo sete dedicados a diferentes regiões do mundo, que abordarão histórias indígenas da Oceania, da América do Norte, da América do Sul e da Escandinávia. A mostra terá ainda um núcleo um temático sobre ativismos indígenas.

Comodato MASP Landmann — cerâmicas e metais pré-colombianos

De junho a setembro
A exposição reunirá aproximadamente 750 peças arqueológicas produzidas pelos povos ameríndios, entre os séculos 7 a.C. e 16. Os objetos testemunham o vasto legado histórico e científico construído pelas sociedades antigas do continente americano.

Melissa Cody

De outubro a fevereiro de 2024
A artista Navajo cria tecelagens a partir de uma técnica tradicional de seu povo transmitidas de geração em geração. Em sua obra, Cody mistura padrões e símbolos tradicionais navajo com referências desde o mundo pixelado dos computadores até universo pop, combatendo os processos que buscam fixar as culturas indígenas em um passado idílico.

Carmézia Emiliano: árvore da vida

De março a junho
Carmézia Emiliano é uma artista de origem Macuxi. Suas telas figuram paisagens, objetos da cultura material e o cotidiano de sua comunidade. A individual se insere numa sequência de exposições que o museu vem apresentando sobre artistas que trabalharam fora do circuito da arte tradicional como Agostinho Batista de Freitas (1927-1997) e Madalena Santos Reinbolt (1919-1977).

MAHKU: mirações

De março a junho
A exposição marca os dez anos do coletivo MAHKU, Movimento dos Artistas Huni Kuin. Criado oficialmente em 2013, o grupo iniciou seus trabalhos de tradução de cantos tradicionais do povo Huni Kuin em desenhos figurativos em cursos de Licenciatura Indígena na Universidade Federal do Acre (UFAC). A mostra traz um conjunto de cerca de 120 pinturas, além de vídeos, áudios e uma pintura produzida para o museu.

Sheroanawe Hakihiiwe

De junho a setembro
Por meio do desenho, o artista yanomami realiza um trabalho de resgate às tradições ancestrais e à arte encontrada no cotidiano de sua comunidade, presente nas pinturas corporais e em utensílios domésticos.

Programação da Sala de vídeo

O coletivo Bepunu Mebengokré ocupa a salda de março a junho. Na sequência, até agosto, é a vez o artista americano Sky Hopinka. Depois, Brook Andrew apresenta seus trabalhos no Brasil pela primeira vez (de agosto a setembro). Em outubro, os artistas e ativistas Glicéria Tupinambá e Alexandre Mortágua exibem a obra “Quando o manto fala e o que o manto diz” (2023). Fechando a programação da sala, em dezembro, é a vez cineasta e artista visual chilena Cecília Vicuña.

Masp: Av. Paulista, 1578 — Bela Vista. Ter.: 10h/19h, qua./dom.: 10h/17h. Ingresso: R$50, (ter.: grátis). Site: masp.org.br.

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