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Rota mata suspeito a tiros na Praia Grande; mortes em ação somam 48

Secretaria da Segurança Pública afirma que homem de 32 anos teria atirado contra policiais da Rota, que revidaram

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Em foto colorida policial militar (PM) de costas, na qual aparece a palavra Rota sobre o colete, com viaturas de fundo durante operação de combate à violência - Metrópoles
1 de 1 Em foto colorida policial militar (PM) de costas, na qual aparece a palavra Rota sobre o colete, com viaturas de fundo durante operação de combate à violência - Metrópoles - Foto: Divulgação/Rota

São Paulo – Um homem de 32 anos foi morto por policiais da Rota na noite desse sábado (16/3) no Jardim Samambaia, em Praia Grande, litoral sul de São Paulo. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, ele teria trocado tiros com os PMs antes de ser baleado.

O homem foi identificado como Alan Augusto Lacerda. Na contagem oficial da pasta, ele é o 48º morto em ações policiais na Baixada Santista desde 3 de fevereiro, quando teve início a 3ª Fase da Operação Verão.

A SSP afirma que os policiais da Rota foram até o local após prenderem dois suspeitos que transportavam drogas em um carro. Questionados pelos PMs, eles teriam indicado que no Jardim Sambaiatuba havia um ponto de venda de entorpecentes.

Segundo o relato, ao chegar no endereço indicado, os policiais teriam sido recebidos a tiros e teriam revidado. O suspeito baleado chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Com ele foi apreendida uma pistola 765 e na residência recolhida um revólver calibre 32, além de uma mochila contendo 321 porções maconha, cocaína e crack. O caso foi registrado como tráfico de entorpecentes em morte decorrente de intervenção policial na Central de Polícia Judiciária de Praia Grande.

Operação Verão

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, a 3ª Fase da Operação Verão continuará por tempo indeterminado. As 48 mortes ocorreram diante de inúmeras denúncias abusos por parte de policiais, execuções sumárias e tortura.

Há duas semanas, a Ouvidoria da Polícia de São Paulo e entidades ligadas aos direitos humanos colheram relatos de irregularidades cometidas pelas forças de segurança do estado. Além das execuções, moradores de comunidades que são alvo da Operação Verão apontaram invasão de velório, intimidação e pessoas já mortas sendo levadas para suposto socorro em unidades de saúde como se estivessem vivas — isso dificultaria o trabalho de perícia no local dos supostos confrontos.

No último dia 8/3, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Como resposta, ele disse que não está “nem aí“. “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, e eu não estou nem aí”, disse Tarcísio.

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