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Menos Rota, mais Ceagesp: como aliados pretendem blindar vice de Nunes

Coronel Mello Araújo foi anunciado, nessa sexta-feira (21/6), como vice de Ricardo Nunes na disputa à reeleição da Prefeitura de SP

atualizado

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Reprodução PMESP
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1 de 1 coronel-mello-araujo-ceagesp - Foto: Reprodução PMESP

São Paulo Anunciado como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição na capital, o Coronel Mello Araújo (PL) tem o seu passado à frente da Ceagesp como um dos pontos mais explorados por aliados que buscam blindá-lo da alcunha de bolsonarista radical.

Na semana passada, após um almoço com Nunes, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Coronel Mello Araújo foi apresentado como um exemplo de bom gestor pelo trabalho à frente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo entre 2020 e 2022.

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O prefeito Ricardo Nunes e o coronel Ricardo Mello Araújo
O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito de SP, Ricardo Nunes
Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo após almoço na Prefeitura de São Paulo
Ex-presidente Bolsonaro ao lado de Tarcísio de Freitas, governador de SP
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Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo

Reprodução/ CNN Brasil
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O prefeito Ricardo Nunes e o coronel Ricardo Mello Araújo

Arte Metrópoles
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O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito de SP, Ricardo Nunes

Divulgação/Prefeitura de São Paulo
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Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo após almoço na Prefeitura de São Paulo

Juliana Arreguy/ Metrópoles
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Ex-presidente Bolsonaro ao lado de Tarcísio de Freitas, governador de SP

Reprodução de redes sociais

Foi Bolsonaro, então presidente, quem escolheu o coronel para o comando da Ceagesp. Os dois estreitaram laços quando Mello Araújo, que fez longa carreira na Polícia Militar (PM) paulista, foi comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM conhecida pela truculência em suas ações.

À gestão de Mello Araújo na Ceagesp é creditado o fim dos esquemas de corrupção, como cobrança de propina de comerciantes. Aliados também atribuem a ele o fim de casos de prostituição infantil no local.

“A gente te agradece por tudo o que você fez pela Ceagesp, porque foi num momento superimportante, principalmente no combate à corrupção, à exploração sexual ali dentro”, disse Nunes ao elogiar o então indicado ao posto de vice.

Bolsonaro, que também foi o responsável por emplacar Mello Araújo como vice de Nunes, chegou a comparar o desafio de cuidar da Ceagesp ao de gerir uma cidade.

“O Mello Araújo realmente pegou uma cidade, que é a Ceagesp, com 50 mil pessoas por dia, e transformou num local realmente urbano, habitável, botou uma Caixa Econômica lá dentro, asfaltou, impôs a lei da segurança lá dentro”, disse o ex-presidente.

Mello Araújo declarou ter alcançado “aquela utopia de crime zero” na Ceagesp e disse que, em dois anos, quitou uma dívida de R$ 90 milhões. “Essa empresa, que nunca havia dado lucro, lucrou por dois anos consecutivos”, declarou o próprio coronel.

Aliados de Nunes contrários à entrada de Coronel Mello Araújo na chapa destacam que ele desenvolveu uma relação ruim com políticos paulistas por ter transformado a Ceagesp em um “enclave bolsonarista”.

Passado na Rota

Na semana passada, após o almoço entre Nunes, Tarcísio, Bolsonaro e Mello Araújo, quase não foi mencionado o passado dele na PM. O coronel da reserva chegou a ensaiar um bordão com ares eleitorais para falar sobre sua gestão. “Se não roubar, sobra”, disse.

O destaque dado ao papel de administrador busca tirar o foco do passado da atuação dele na PM. O entorno de Nunes teme que o currículo policial possa criar resistência pelo histórico de ações violentas da corporação, em especial da Rota, nas comunidades, afastando eleitores da periferia.

Ao assumir o comando da Rota em 2017, no governo do atual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), Mello Araújo defendeu, em entrevista ao Uol, que a forma de abordagem nos Jardins, bairro nobre da região central de São Paulo, deveria ser diferente da realizada com moradores da periferia da capital.

“São pessoas diferentes que transitam por lá. A forma de abordar tem que ser diferente. Se ele [policial] abordar uma pessoa [na periferia] da mesma forma que ele aborda uma pessoa aqui nos Jardins [região nobre de São Paulo], ele vai ter dificuldade. Ele não vai ser respeitado”, disse ele na ocasião.

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