Réus pela morte da travesti Laura Vermont vão a júri popular em SP
Travesti foi espancada em 2015, em Itaquera, na zona leste de São Paulo; réus são acusados pelo Ministério Público de homicídio
atualizado
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São Paulo – Cinco réus acusados de matar a travesti Laura Vermont, em 2015, na zona leste de São Paulo, serão julgados nesta quinta-feira (11/5), às 13h, em júri popular no Fórum Criminal da Barra Funda.
A travesti tinha 18 anos quando o crime ocorreu. Na denúncia, o Ministério Público afirma que os cinco homens desferiram socos e pauladas em Laura após discussão no bairro de Itaquera.
Os réus são Van Basten Bizarrias de Jesus, de 26 anos; Iago Bizarrias de Deus, de 24; Jefferson Rodrigues Paulo, 26; Bruno Rodrigues de Oliveira e Wilson de Jesus Marcolino, 22. Eles respondem em liberdade por homicídio.
O julgamento será coordenado pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri. Sete jurados vão decidir a sentença dos acusados.
Dois policiais que foram chamados para socorrer Laura chegaram a ser presos. Segundo a Justiça, em vez de ajudar, eles teriam agredido a vítima. Após descuido dos agentes, Laura teria entrado na viatura e dirigido o veículo até bater em um muro. Um dos policiais atirou no braço dela.
Os agentes não foram acusados de participar do homicídio, mas apresentaram uma versão falsa às autoridades. Eles foram soltos dias depois. Laudo do Instituto Médico-Legal (IML) concluiu que a causa da morte da travesti foi um traumatismo craniano.
Em junho de 2022, a Justiça de São Paulo determinou que o governo de São Paulo pague uma indenização de R$ 100 mil por danos morais para os pais de Laura.