Responsável por lavar dinheiro para o tráfico é preso em reduto do PCC
Investigação de um ano resultou na prisão de “Campeão”, em Praia Grande. Justiça bloqueou R$ 30 milhões das contas do faccionado
atualizado
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São Paulo — A polícia civil, com apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE), prendeu nesta quarta-feira (23/10) um homem apontado como uma das lideranças de uma facção criminosa na Baixada Santista, litoral de São Paulo. A região é reduto do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Carlos da Silva Santos, conhecido como Campeão, foi preso no bairro Vila Caiçara, em Praia Grande. O faccionado foi detido em um imóvel, onde celulares, documentos e relógios foram apreendidos, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
De acordo com a SSP, a prisão aconteceu após um trabalho de inteligência realizado há pelo menos um ano pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Itanhaém, que passou a monitorar o paradeiro do criminoso.
O caso foi registrado como captura de procurado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande, onde o criminoso permanece à disposição da Justiça.
Histórico no crime
Campeão era investigado por fazer parte de uma célula criminosa que lavava o dinheiro para o tráfico, utilizando empresas de fachada para a comercialização de drogas.
A investigação da Dise apontou que o criminoso abriu empresas em outros estados para fazer a movimentação dos pagamentos referente ao tráfico de drogas. Assim, o dinheiro recebido seguia direto para a conta dessas empresas.
A Dise solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 30 milhões das contas do investigado.
O homem, de 38 anos, estava foragido da Justiça desde julho deste ano, após condenação a oito anos de prisão pelo crime de tráfico de drogas. Em 2019, ele foi preso com uma tonelada de cocaína.