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Republicanos pleiteia até três secretarias no governo de Tarcísio

Partido do governador eleito tem como prioridade a pasta de Desenvolvimento Regional, que tem papel político na articulação com prefeituras

atualizado

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Tarciso dando uma entrevista coletiva ao redor de aliados
1 de 1 Tarciso dando uma entrevista coletiva ao redor de aliados - Foto: Fábio Leite/Metrópoles

O Republicanos, partido do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pleiteia o comando de até três secretarias no governo que tomará posse em janeiro de 2023.

A pasta mais cobiçada pela legenda presidida pelo deputado federal Marcos Pereira é a de Desenvolvimento Regional, que tem enorme relevância política por articular convênios com as prefeituras paulistas.

O favorito para ser indicado ao cargo é o ex-deputado Robson Tuma, que comanda o diretório municipal do Republicanos. Em junho, ele deixou uma secretaria especial do Ministério da Cidadania no governo de Jair Bolsonaro (PL) para atuar na campanha de Tarcísio.

Outra secretaria que está na mira do partido do governador eleito é a de Desenvolvimento Social. O mais cotado para a cadeira é o atual secretário de Esportes da Prefeitura de Guarulhos, Rogério Hamam, que já foi titular da pasta entre 2013 e 2014, no governo de Geraldo Alckmin (PSB).

Hoje, as duas secretarias são comandadas por quadros do PSDB, partido do governador Rodrigo Garcia, terceiro colocado na eleição ao governo. Os tucanos aderiram à campanha de Tarcísio no segundo turno e negociam para manter algum espaço na máquina paulista.

A terceira secretaria desejada pelo Republicanos é de Comunicação, que pode ser ocupada por Diego Polachini, chefe de gabinete do deputado Marcos Pereira, presidente nacional do partido.

Mas como a relação entre Tarcísio e Marcos Pereira ficou estremecida na campanha, por causa da Igreja Universal, que controla o partido, é possível que o governador eleito queira colocar alguém da sua cota pessoal na Comunicação ou entregar a pasta para o PSD de Gilberto Kassab, com quem ele estreitou laços nos últimos meses.

Atualmente, há 23 secretarias no governo paulista. A composição da futura gestão só começará a ser anunciada a partir do dia 16 de novembro, quando Tarcísio voltará de uma viagem a Brasília para resolver sua mudança para São Paulo e passará a se dedicar exclusivamente à transição de governo.

“Turma de Brasília”

Como o Metrópoles mostrou na semana passada, Tarcísio pretende formar o núcleo duro de sua gestão em São Paulo com nomes que trabalharam diretamente com ele ou em outros postos no governo Bolsonaro. O grupo é chamado de Turma de Brasília por aliados paulistas, e já trabalhou durante a campanha na elaboração do programa de governo.

Além do ex-governador Guilherme Afif, que foi assessor especial do ministro Paulo Guedes (Economia) e deve assumir uma pasta central do governo, outros quatro nomes egressos do governo federal despontam como favoritos a ocupar um cargo no primeiro escalão da gestão Tarcísio, como o economista Samuel Kinoshita, cotado para assumir a Fazenda estadual, e o advogado Arthur Pinho de Lima, ex-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que pode assumir a pasta de Infraestrutura ou de Transportes.

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