Represa Billings ganha usina solar no leito d’água; conheça o projeto
Usina solar, 1ª a gerar energia comercialmente no país, terá capacidade para produzir 6 GWh, energia suficiente para abastecer 4 mil casas
atualizado
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São Paulo — O governo paulista instalou uma usina solar no leito d’água da represa Billings, na zona sul da capital. A inauguração ocorreu nesta quarta-feira (17/1), em um evento que reuniu o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
São 10 mil placas fotovoltaicas (de energia solar), presas por meio de cabos, que flutuam no espelho d’água. Elas vão gerar cerca de 6 MW — energia que, segundo o governo, é capaz de abastecer 4 mil residências.
Embora o volume seja pequeno para uma cidade do porte de São Paulo, o governo prevê que o total de placas instaladas chegue a 165 mil, com capacidade de geração de 80 MW até o fim do ano que vem.
O investimento, que totaliza R$ 450 milhões, está sendo feito pela estatal Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae), geradora de energia que administra tanto a represa quanto a Usina Henry Borden — hidrelétrica que produz eletricidade com a força da queda da água da Billings na Serra do Mar.
Operação comercial
Toda a energia produzida pela nova usina solar flutuante será comercializada no mercado comum — o que a torna a única do tipo no país.
A Emae está na lista de empresas que Tarcísio pretende privatizar até o fim de seu mandato. O formato da venda da companhia ainda está em fase de estudos.
O presidente da Câmara Municipal da capital, Milton Leite (União), principal aliado do prefeito, vem articulando a instalação de um ponto de abastecimento da frota de ônibus elétricos da cidade em um terreno do governo do Estado ao lado da represa.
Segundo essa proposta, que já teria o aval de Tarcísio, parte da energia produzida pela nova usina solar serviria para fornecer eletricidade para os coletivos.