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Refugiados estão bem e saudáveis, diz prefeitura de Praia Grande

Após esperarem por quatro horas para entrar na cidade, afegãos passaram a 1ª noite em colônia de férias; grupo já recebeu atendimento médico

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1 de 1 afegaos4 - Foto: Guilherme Gandolfi/Divulgação

São Paulo – Após passar a primeira noite em uma colônia de férias em Praia Grande, no litoral de São Paulo, o grupo de refugiados afegãos que estava acampado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi examinado por uma equipe de saúde pública do município. Segundo a prefeitura, o levantamento sanitário mostrou que os 128 afegãos “estão saudáveis e sem sinais de sarna”.

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Refugiados afegãos chegam à colônia de férias em Praia Grande
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Antes de desembarcar, ainda na noite de sexta, os refugiados foram impedidos de entrar na cidade pela prefeitura, que alegou que muitos deles estavam doentes e o município não tinha estrutura para recebê-los.

A Guarda Municipal posicionou viaturas nos principais acessos de Praia Grande. Em alguns pontos, agentes fortemente armados estavam orientados a não permitir a entrada dos ônibus.

Só após uma reunião entre o ministro da Justiça, Flávio Dino, e a prefeita Raquel Chini é que foi selado um acordo que permitiu a entrada dos refugiados. Os afegãos chegaram à Baixada Santista por volta de 20h, mas só conseguiram descer dos ônibus e entrar na colônia de férias do Sindicato dos Químicos por volta de 23h50 (veja abaixo).

A Prefeitura de Praia Grande informou que o acordo com o governo federal prevê que policiais federais ou estaduais fiquem na porta da colônia com viaturas para o controle de acesso, a montagem de um ambulatório médico, roupas de cama e banho para trocas diárias, intérprete e convênio para o pagamento de exames laboratoriais. Os custos ficarão por conta do governo federal.

Neste sábado (1º/7), após realizar os primeiros exames, uma equipe da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande informou que vai vacinar alguns afegãos contra a covid-19, sarampo e pólio. O serviço municipal foi solicitado pelo Grupo de Vigilância Estadual (GVE).

Passeio na praia

O presidente do Sindicato dos Químicos de Praia Grande, Hélio Rodrigues, que está acompanhando a situação de perto, afirmou que os refugiados estão se adaptando bem às novas acomodações. “Todos foram examinados por equipes da prefeitura e, do ponto de vista clínico, está tudo bem com eles”, disse.

Hélio disse, ainda, que os afegãos estão tranquilos e circulam livremente pela cidade. “Alguns já foram até para a praia”, contou.

Antes de conseguirem um abrigo, os afegãos estavam acampados no aeroporto de Guarulhos, sem condições de higiene básicas e se alimentando de forma precária.

A notícia de um surto de sarna entre os refugiados chamou a atenção do ministro Flávio Dino, que decidiu interceder pelo grupo. Também há relatos de que muitos deles sofriam com a falta de atendimento para outros problemas, como convulsões, hipertensão, dores e piolhos.

 

 

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