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Receita lista 10 países como possíveis novas rotas da cocaína do PCC

Rússia, Líbano, Hong Kong, e mais sete nações passaram a ter cargas escaneadas pela Receita em contêiners despachados pelo Porto de Santos

atualizado

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Receita Federal/ Divulgação
Imagem colorida de agente da Receita Federal durante as apreensões da droga - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de agente da Receita Federal durante as apreensões da droga - Metrópoles - Foto: Receita Federal/ Divulgação

São Paulo – A Receita Federal incluiu dez novos países no escaneamento de contêiners, como já é feito com cargas despachadas por via marítima de Santos, no litoral paulista, destinadas à Europa e África – regiões estratégicas para o tráfico internacional de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Como já mostrado pelo Metrópoles, as apreensões de cocaína feitas no porto santista, o maior abaixo da linha do Equador, representaram metade da droga localizada pela Receita em território nacional, em um período de cinco anos. Um detalhe que chama a atenção é a queda considerável no volume de droga flagrada oculta em cargas, durante o período. Foram 20 toneladas, em 2020 e, no ano passado, 7 toneladas.

A queda abrupta nos quilos apreendidos indicam que a facção se adaptou, usando outros portos para despachar a droga e, também, eventualmente mudando alguns destinos, antes não monitorados por meio de scanners pela Receita.

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Militares poderão atuar com poder de polícia no porto de Santos
PF apreendeu 405 quilos de cocaína no Porto de Santos
Vista aérea do Porto de Santos, no litoral de São Paulo
Praia do Gonzaga em Santos, litoral de São Paulo
Marinha enviou fuzileiros e veículos para os portos de SP e RJ
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Operação conjunta apreende 247 kg de cocaína no Porto de Santos

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Militares poderão atuar com poder de polícia no porto de Santos

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PF apreendeu 405 quilos de cocaína no Porto de Santos

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Vista aérea do Porto de Santos, no litoral de São Paulo

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Praia do Gonzaga em Santos, litoral de São Paulo

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Marinha enviou fuzileiros e veículos para os portos de SP e RJ

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Viatura blindada especial sobre rodas 8x8, "Piranha IIIC" será um dos veículos empregados pela Marinha

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Carro lagarta anfíbio (Clanf) será usado pela Marinha em GLO

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Dez novas prováveis rotas

Em 27 de junho, a Receita publicou uma portaria, no Diário Oficial da União (DOU), acrescentando novos países cujas cargas, remetidas por meio do Porto de Santos, precisam ser submetidas ao escaneamento. A medida passou a valer no último dia 1º de julho e vigora até 31 de dezembro, podendo ser renovada.

Os novos países indicados são: Austrália, Indonésia, Hong Kong, Turquia, Rússia, Geórgia, Síria, Líbano, Israel e Arábia Saudita.

A eventual droga que chega até esses países não necessariamente abastece o tráfico local. Ela pode ser escoada, por via terrestre, para a Europa, principal mercado consumidor da cocaína do PCC. Como revelado pelo Metrópoles, o PCC mantinha, até o fim do ano passado, 1.545 membros, divididos em 23 países.

O tráfico de cocaína para a Europa, também como relevado pelo Metrópoles, rende à facção um faturamento anual superior a R$ 10 bilhões ao PCC apenas no Porto de Santos, segundo estimativa do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Mais portos usados pela facção

O aumento da fiscalização contra o tráfico internacional de drogas no Porto de Santos, nos últimos anos, também levou o PCC a montar uma ampla rede criminosa para migrar parte do bilionário esquema de envio de cocaína à Europa, por via marítima, para o Porto do Rio de Janeiro, onde impera o Comando Vermelho (CV), rival da facção paulista.

Além do porto fluminense, o Metrópoles também mostrou que a maior facção do Brasil passou a usar o Porto do Mucuripe, em Fortaleza (CE). O local é utilizado como uma rota alternativa, um plano B, para o PCC despachar droga ao exterior quando encontra dificuldades em operar o tráfico internacional pelo porto paulista.

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