Reabertura de Museu do Futebol é adiada em razão de obras no Pacaembu
Museu do Futebol, que funciona no estádio do Pacaembu, abriria portas ao público “em meados de maio”; agora não há previsão para reabertura
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — A reabertura do Museu do Futebol, localizado no estádio do Pacaembu, foi adiada em razão do atraso na entrega das obras da nova arena. A expectativa era de que o museu fosse reaberto para o público “em meados de maio”. Agora, não há uma previsão.
Infiltrações na arquibancada norte do estádio, que fica sobre o museu, danificaram pisos e equipamentos. A concessionária Allegra Pacaembu, responsável pelas obras, diz ter se colocado à disposição do museu para realizar eventuais reparos.
“O Museu do Futebol mantém diálogo permanente com a Allegra Pacaembu, que vem realizando ajustes na arquibancada Norte para sanar infiltrações que afetaram pisos e alguns equipamentos”, afirma o museu, em nota.
Na última sexta-feira (19/4), a Prefeitura de São Paulo cancelou um show do cantor Roberto Carlos que aconteceria na parte subterrânea da nova arena, após o local não atender normas de segurança. Uma vistoria do Corpo de Bombeiros apontou 18 falhas críticas que poderiam colocar em risco os espectadores.
O Tribunal de Contas do Município convocou para quinta-feira (25/4) uma reunião entre a prefeitura e a Allegra Pacaembu para discutir a reforma. O argumento da empresa é de que as obras foram atrasadas porque o estádio do Pacaembu sediou um hospital de campanha durante a pandemia de Covid-19. Segundo a Allegra, não há atraso.
“Quanto à data para término das obras, a concessionária reitera que não há atraso. O prazo contratual é de três anos, que deve ser contabilizado a partir das aprovações da emissão do alvará pelas secretarias municipais competentes, o que ocorreu somente em 29 de junho de 2021. Portanto, o prazo para finalização das intervenções é junho de 2024”, diz a empresa, em nota.
Show vetado
Ao vetar o show do cantor Roberto Carlos na semana passada, a Prefeitura de São Paulo alegou que a decisão foi tomada após a “comprovação de falta de segurança”, confirmada durante vistoria conjunta do Corpo de Bombeiros e do Contru, órgão municipal que fiscaliza a segurança das edificações.
O local, que está em obras há quase três anos, já havia sido reprovado por avaliações técnicas anteriores e a nova vistoria confirmou a inaptidão do estádio.
Veja a lista das irregularidades citadas pelo Corpo de Bombeiros na vistoria:
- Casa de Bombas de incêndio não estava compartimentada
- Não havia dados de vazão e pressão de hidrantes e chuveiros automáticos
- O sistema de hidrantes estava despressurizado
- As bombas reservas, a diesel, não estavam instaladas
- As reservas de incêndio a diesel não estavam instaladas
- As tomada de ar não foram concluídas, ainda não estão construídas
- As compartimentações descritas em plantas não foram concluídas, estão abertas em vários pontos e, em sua maioria, foi instalada apenas uma placa de gesso acartonada
- As caixas de elevadores estão abertas, não foram instaladas e não estão compartimentadas
Havia rotas de fuga obstruídas por andaimes instalados no piso de descarga - A instalação da central de alarmes não foi concluída, estava em manutenção no momento da vistoria. Os técnicos informaram que estava interligado a laços dos detectores e acionadores manuais
- A instalação dos ramais de chuveiros automáticos não estava concluída
- Havia shafts abertos em todas as tubulações de hidráulica e elétrica vistoriadas
- O sistema de ventilação e extração de fumaça não foram instalados
- O sistema de pressurização das escadas não foi instalado
- Os dutos de ventilação não estavam instalados
- As salas de pressurização não estavam compartimentadas
- As portas corta-f0go previstas em projeto não estavam instaladas
- As chaves de fluxo não estavam interligadas com a central de alarme