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Racismo: MPSP recorre de absolvição do vereador Camilo Cristófaro

Apesar de absolvido na Justiça, o vereador Camilo Cristófaro (Avante) ainda pode ter o mandato cassado pela Câmara Municipal de SP

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Afonso Braga/Divulgação
Camilo Cristófaro, homem branco de cabelos grisalhos, terno escuro, camisa escura e gravata lilás, discursa em microfone posicionado em cima de bancada - Metrópoles
1 de 1 Camilo Cristófaro, homem branco de cabelos grisalhos, terno escuro, camisa escura e gravata lilás, discursa em microfone posicionado em cima de bancada - Metrópoles - Foto: Afonso Braga/Divulgação

São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) recorreu, nesta quinta-feira (27/7), da decisão do Tribunal de Justiça (TJSP) que absolveu o vereador Camilo Cristófaro (Avante) da acusação de ter proferido uma fala racista durante sessão híbrida da Câmara Municipal da capital paulista.

Camilo virou réu após ter uma fala sua vazada, em 3 maio de 2022, durante sessão da CPI dos Aplicativos na Câmara: “Não lavar a calçada… É coisa de preto, né?”, disse o vereador na ocasião.

De acordo com o juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares, da 17ª Vara Criminal, não é possível comprovar que o vereador tinha o intuito de ser racista com a frase. O magistrado acrescentou ainda que a declaração foi “extraída de um contexto de brincadeira, de pilhéria, mas nunca de um contexto de segregação, de discriminação”.

No recurso, o MPSP argumentou que “o chamado racismo recreativo tenta descaracterizar a real intenção do agente, que, sob o argumento de estar brincando, continua a promover, com seu discurso, a exclusão e a violência contra as minorias e continua a propagar a opressão racial”.

O Metrópoles tentou entrar em contato com Cristófaro, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.

Racismo: vereador ainda pode ter mandato cassado

Apesar de absolvido pela Justiça, Cristófaro ainda pode ter o mandato cassado pelo episódio no qual é acusado de racismo. A Corregedoria da Câmara de São Paulo marcou o julgamento do vereador para o dia 24 de agosto, após o processo ter ficado mais de um ano parado.

As testemunhas do caso foram ouvidas em junho deste ano. O processo tem como relator o vereador Marlon Luz (MDB), da base do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Caso o relatório de Luz seja a favor da cassação, o texto terá de ser aprovado pelos cinco parlamentares que compõem a Corregedoria para, então, ser encaminhado ao plenário da Câmara, onde precisa ser aprovado por 28 votos entre os 55 vereadores.

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