Racismo: Câmara de SP ouve testemunhas em processo de cassação
Vereador Camilo Cristófaro (Avante) pode ser alvo de cassação por caso de racismo; depoimentos foram marcado para segunda-feira (5/6)
atualizado
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São Paulo – A Corregedoria da Câmara Municipal da capital marcou para a próxima segunda-feira (5/6) os depoimentos das testemunhas de um caso de racismo envolvendo o vereador Camilo Cristófaro (Avante), ocorrido há um ano, que pode levá-lo à cassação do mandato.
A sessão para ouvir as testemunhas será presidida pelo corregedor da Casa, Rubinho Nunes (União). O processo tem como relator o vereador Marlon Luz (MDB), da base do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Camilo é investigado por ter dito, em 3 maio de 2022, durante uma sessão híbrida da Câmara, uma fala racista. “Não lavar a calçada… É coisa de preto, né?”, disse o vereador.
As testemunhas a serem ouvidas serão definidas nesta semana. A primeira parlamentar que se levantou contra a fala de Cristófaro foi Luana Alves (PSol), seguida imediatamente por seus colegas de bancada e do PT.
O presidente da Casa, Milton Leite, suspendeu a sessão na sequência, disse que não toleraria casos de racismo no Legislativo paulistano e defendeu a instalação de uma investigação do caso.
O processo, porém, ficou parado quase um ano. Só quando Rubinho Nunes assumiu a Corregedoria da Casa, neste ano, é que um vereador foi nomeado para tocar a investigação.
Caso o relatório de Marlon Luz defenda a cassação de Cristófaro, o texto terá de ser aprovado primeiramente pelos cinco parlamentares que compõem a Corregedoria. Só aí, então, o processo de cassação será levado ao Plenário da Câmara.
Nos bastidores, vereadores da base do prefeito Nunes e da oposição dizem que as chances de Cristófaro escapar da cassação são remotas.
O Metrópoles tentou contato com o parlamentar, mas não teve sucesso. O espaço segue aberto para suas manifestações.