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Como o racha das polícias de SP influencia a escolha do vice de Nunes

Resistência de parlamentares ligados à Polícia Civil a coronel da PM indicado por Bolsonaro para vice de Nunes faz prefeito adiar anúncio

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Marcelo S. Camargo / Governo doEstado de SP
Imagem colorida mostra o deputado delegado Olim, homem branco, de cabelo preto, vestindo terno escuro e camisa branca, falando em um púlpito transparente com um fundo de vegetação - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o deputado delegado Olim, homem branco, de cabelo preto, vestindo terno escuro e camisa branca, falando em um púlpito transparente com um fundo de vegetação - Metrópoles - Foto: Marcelo S. Camargo / Governo doEstado de SP

São Paulo – Mesmo com todo peso do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na indicação do coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo para seu vice, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), ainda reluta em anunciar seu companheiro de chapa por conta da forte resistência de aliados ligados à Polícia Civil ao nome do ex-comandante da Rota, a tropa de elite da PM.

A rixa entre as duas polícias é histórica em São Paulo, mas se intensificou na gestão Tarcísio com a indicação de Guilherme Derrite (PL), também oriundo da PM, para comandar a Secretaria da Segurança Pública (SSP), e suas tentativas de dar mais poder à corporação que integrou antes de entrar na política.

Na última semana, antes de almoçar com Tarcísio, Bolsonaro e Mello Araújo na sede da Prefeitura, Nunes já havia citado “deputados do PP”, partido que o apoio, como um entrave à indicação do coronel, mas sem mencionar nenhum nominalmente.

O prefeito se referia ao deputado estadual Delegado Olim (foto em destaque), do PP, justamente o principal representante da Polícia Civil na Assembleia Legislativa (Alesp). Ex-delegado, Olim deu entrevistas no fim da semana com críticas à indicação feita por Bolsonaro e mandou áudios dizendo que “não sobe no palanque do Ricardo Nunes com esse coronel”, caso a indicação prospere.

A insatisfação dos representantes da Polícia Civil com a indicação do PM ganha contornos mais intensos porque o grupo vislumbrava ter um representante da categoria no posto de vice.

A primeira intenção de Tarcísio não era indicar o Coronel Mello — o que só foi feito por pressão de Bolsonaro. O governador chegou a levar ao prefeito o nome do também delegado da Polícia Civil Osvaldo Nico Gonçalves, atualmente afastado do cargo de secretário-executivo da Segurança Pública, número dois da pasta.

Doutor Nico, como é conhecido, cogitava uma filiação justamente no PP e disse ao Metrópoles que “aceitaria a missão” de ser vice de Nunes se ela fosse confirmada. Porém, o nome terminou por não empolgar Nunes e o delegado se manteve no governo. Depois, o próprio deputado Olim chegou a ser um dos cotados para a vaga.

Nunes planeja conversas ao longo desta semana para acalmar os ânimos e convencer os aliados que o coronel da PM é a melhor escolha para enfrentar o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), com quem divide a liderança nas pesquisas, e reduzir impactos que a possível candidatura do coach e empresário Pablo Marçal (PRTB) pode trazer entre os eleitores de direita.

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