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Racha no PCC: rivais de Marcola tentam criar nova facção em SP

Informação do surgimento do Primeiro Comando Puro (PCP), formado por dissidentes do PCC e rivais de Marcola, circula entre policiais de SP

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Roberto Soriano, um dos integrantes expulsos do PCC: MPSP investiga caso - Metrópoles
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São Paulo – Setores de inteligência da polícia paulista identificaram a possível criação de uma nova facção criminosa, chamada de Primeiro Comando Puro (PCP), por ex-aliados e agora rivais de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A descoberta da suposta nova facção é tratada como “informação preliminar” e circula nos bastidores do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), unidade de elite da Polícia Civil paulista, em meio ao racha que divide a alta cúpula do PCC. A informação foi divulgada pelo colunista Josmar Jozino, do UOL, e confirmada pelo Metrópoles.

A reportagem apurou que à frente do PCP estaria o preso Roberto Soriano (foto em destaque), o Tiriça, pivô da briga com Marcola. O grupo também já teria avançado em firmar alianças com o Comando Vermelho (CV), a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, inimiga do PCC.

O surgimento do PCP foi citado em conversas telefônicas interceptadas por investigadores. Oficialmente, a Polícia Civil não confirma a informação.

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Marcola, líder do PCC
Ao menos 90 policiais foram mobilizados para a escolta do preso
Marcola está na penitenciária federal de Brasília desde janeiro de 2023
Roberto Soriano, o Tiriça, 02 do PCC
Líderes históricos do PCC, Cego e Funchal também se voltaram contra Marcola
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Marcola quando deixou presídio para ir ao Instituto Hospital de Base fazer exames

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Racha no PCC

O racha no PCC é provocado por uma disputa de poder entre Marcola e antigos aliados que já fizeram parte da Sintonia Geral Final, a mais alta cúpula da facção criminosa, e agora acusam o líder máximo de ter atuado como delator.

O principal motivo do conflito, que já é considerado histórico, seria um diálogo gravado entre Marcola e policiais penais federais, na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Na ocasião, o líder máximo do PCC afirma que Tiriça seria um “psicopata”.

A declaração foi usada por promotores durante o julgamento de Tiriça, que foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão, em 2023, por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.

Também romperam com Marcola os presos Abel Pacheco de Andrade, o Abel Vida Loka, Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, Daniel Vinicius Canônico, o Cego, e Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal.

Rastro de violência

Por causa do conflito, aliados de Marcola começaram a tomar as “biqueiras”, como são chamados os pontos de venda de drogas em São Paulo, que pertenciam aos dissidentes.

Familiares dos ex-líderes também já manifestam medo de perder seus bens adquiridos com os negócios e o dinheiro do PCC. Alguns deles chegaram a procurar a polícia para pedir proteção.

O conflito deixa, ainda, um rastro de sangue em cidades paulistas. A primeira morte a se tornar pública foi a do traficante Donizete Apolinário da Silva, de 55 anos, aliado de Marcola, que foi assassinado a tiros quando caminhava com a esposa, de 29, e com a enteada, de 10, em Mauá, na Grande São Paulo.

Na semana passada, Luiz dos Santos Rocha, o Luiz Conta Dinheiro, foi fuzilado quando chegava de carro em casa, em Atibaia, no interior. Apontado como “tesoureiro do PCC”, ele era beneficiado por uma saidinha temporária.

No mesmo dia, Cristiano Lopes da Costa, o Meia Folha, foi morto a tiros em uma lanchonete no bairro Vicente de Carvalho, no Guarujá, litoral paulista. Ele era considerado um dos líderes na região e, segundo testemunhas, foi baleado por um pistoleiro que passou de moto pelo local atirando.

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