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Questionado sobre Lira, Padilha diz que “máquina de gerar conflitos foi desligada”

Sobre a relação com o Congresso, Alexandre Padilha diz que “não é marinheiro de primeira viagem” e não há insatisfação com o governo Lula

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Assessores Alexandre Padilha pós reunião com Lula em Brasília / Metrópoles
1 de 1 Assessores Alexandre Padilha pós reunião com Lula em Brasília / Metrópoles - Foto: Matheus Veloso/Metrópoles

São Paulo – Após uma semana de dificuldades do governo Lula para votar projetos e medidas provisórias no Congresso Nacional, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira (2/6) que não é marinheiro de primeira viagem e que desligou a “máquina de gerar conflitos que tinha no 3º andar do Palácio do Planalto”.

Padilha acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agendas em São Paulo e falou com os jornalistas no final da tarde em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Ele negou que o clima no Congresso Nacional seja de insatisfação com o governo Lula.

“Aqui não tem marinheiro de primeira viagem, né? Mar tranquilo não faz bom marinheiro. Acho que nós sempre ouvimos todos os presidentes das Casas, os parlamentares com muita humildade. O governo precisa sempre procurar ouvir os líderes da base e da oposição”, declarou ele.

Padilha, entretanto, evitou falar sobre demanas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por ministérios em troca do apoio ao governo nas pautas de interesse de Lula na Casa.

“Os projetos prioritários do governo eram projetos para abrir o diálogo também com partidos de oposição. Isso que garantiu a aprovação”, afirmou.

Ele também se recusou, mesmo provocado, a comentar declarações de Lira de que há “insatisfação generalizada” com o governo Lula: “Tinha uma máquina de gerar conflitos no terceiro andar do Palácio do Planalto. Nós desligamos essa máquina”, afirmou.

Não gosta da gente

Mais cedo, Lula também falou sobre a relação com o Congresso Nacional: “É um esforço governar. Não é só ganhar a eleição… Tem que conversar com quem não gosta da gente, com quem não vota na gente.”

“A esquerda toda tem, no máximo, 136 votos, isso se ninguém faltar. Para votar uma coisa simples, precisa de 257”, afirmou o petista sobre a correlação de forças no Congresso. E acrescentou que para “aprovar emendas constitucionais a necessidade de votos na Câmara é ainda maior”.

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Corrigir e aperfeiçoar

Quem também conversou com os jornalistas foi o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT). Ele afirmou que o presidente pode “corrigir” alguns projetos modificados pelo Congresso Nacional.

“O presidente tem poder de veto sobre algumas matérias aprovadas. Algumas questões ainda podem ser corrigidas, ajustadas. Uma ou outra ainda podem ser ajustadas essas matérias que por ventura não saíram como o governo queria”, declarou.

Teixeira minimizou as dificuldades de articulação do governo alegando ser o “começo” do terceiro mandato de Lula.

“Foi a primeira grande votação de interesses do governo. Teria sido muito ruim se o governo tivesse perdido essa votação. E ele manteve a integralidade dos ministérios propostos e, no final, a resultante é boa ainda que ele tenha que corrigir algumas questões e ele pode fazê-lo na sanção e no veto a algumas questões aprovadas. Por essa razão acho que o primeiro teste foi vitorioso. Naturalmente você aperfeiçoa”, pontuou.

Questionado sobre o papel de Alexandre Padilha, Teixeira afirmou que as vitórias na Câmara foram um atestado de sucesso do petista: “Ele é vitorioso no primeiro teste”, disse.

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