“Questão superada”: vice-governador de SP defende Feder em evento
Em entrevista a jornalistas em Milão, vice-governador diz que crise na Educação foi superada com saída de “responsáveis” por erros em slides
atualizado
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São Paulo – O vice-governador de São Paulo Felício Ramuth (PSD) defendeu o secretário da Educação, Renato Feder, e afirmou que a crise na pasta foi superada com a saída dos responsáveis pelos erros no material didático digital.
“É uma questão superada. Foi apresentada uma nova metodologia, uma padronização das aulas. Houve questionamentos, erros, os responsáveis estão fora do governo e [estamos] corrigindo esse rumo”, disse o político em entrevista a jornalistas em Milão, na Itália.
Nesta quarta-feira (06/9), o governo exonerou Renato Dias, que coordenava a área responsável pela produção do conteúdo didático na secretaria.
Ramuth participa, na Europa, de uma conferência do grupo Lide, de João Doria (sem partido). A informação sobre a declaração do vice-governador é do jornal Folha de S. Paulo, que acompanha o evento na cidade italiana.
“O governador [Tarcísio] acompanhou toda essa questão, mas reconhece o trabalho exitoso do secretário Feder no Paraná e tem certeza que vamos conseguir evoluir ao longo dos próximos anos com a educação no Estado de São Paulo”, afirmou Ramuth.
Erros em slides
Nas últimas semanas, erros graves foram encontrados no material produzido pelo governo estadual.
Nos slides entregues para a rede pública de ensino, textos afirmavam que a cidade de São Paulo tem praias, que a lei Áurea foi assinada por D. Pedro II e que doenças como Parkinson e Alzheimer são transmitidas por água contaminada.
A divulgação do problema se somou a outras polêmicas envolvendo decisões recentes de Renato Feder. O secretário chegou a recusar livros didáticos oferecidos pelo governo federal e saiu em defesa de um conteúdo totalmente digital para alunos nos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Depois, ao ser duramente criticado por especialistas em Educação e por professores da rede, Feder voltou atrás e anunciou que o estado seguiria com os livros do Ministério da Educação, antes chamados por ele de “superficiais”. No mesmo dia do anúncio do recuo, uma decisão da Justiça tinha obrigado a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) a retomar o recebimento do material.
Para Ramuth, os recentes acontecimentos serviram de “aprendizado”.
“Mas isso só pode servir de aprendizado, para que a gente possa ter cada vez mais diálogo entre a pasta e os atores, as associações, os grupos de professores, os secretários municipais”, disse.