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Quem são os dirigentes de empresas de ônibus suspeitos de elo com PCC

Até o momento, três mandados foram cumpridos em operação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo contra empresas de ônibus

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foto colorida de Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, o Pandora, dono da Transwolff - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, o Pandora, dono da Transwolff - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – Três suspeitos de envolvimento com a lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), por meio de empresas de ônibus que operam na capital paulista, foram presos nesta terça-feira (9/4) e tiveram as identidades divulgadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), foram expedidos quatro mandados de prisão na Operação Fim da Linha. Um dos detidos é Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora (foto de destaque), dona da Transwolff, preso em sua casa.

De acordo com as investigações, a empresa, conhecida como TW, cresceu de forma ilícita depois que a Prefeitura de São Paulo transferiu a operação de linhas para a iniciativa privada, no início dos anos 2000.

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Acessórios e produtos de beleza apreendidos em operação do MPSP
Promotor Lincoln Gakiya fala a policiais antes do início da Operação Fim de Linha, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
Policiais recebem orientações antes de  participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
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Acessórios e produtos de beleza apreendidos em operação do MPSP

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Promotor Lincoln Gakiya fala a policiais antes do início da Operação Fim de Linha, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

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Operação Fim de Linha, do MP, apreendeu armas e dinheiros com dirigentes de empresas de ônibus

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Agentes da receita em garagens de ônibus

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Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, o Pandora, dono da Transwolff

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As investigações mostram que os dirigentes, capitaneados por Pandora, obrigaram, até sob ameaças, cooperativas a transferir seus controles à TW. Parte do dinheiro dos cooperados, segundo as investigações, também ficava com os suspeitos.

O segundo mandado cumprido foi contra Robson Flares Lopes Pontes, também da diretoria da TW. Segundo informações da empresa, Robson é coordenador da Área 7, que atende aos bairros de Santo Amaro, Valo Velho, Jardim Ângela, Capão Redondo e Campo Limpo. Ele foi detido na garagem da empresa.

Joelson Santos da Silva, sócio da mesma viação e representante de um escritório de contabilidade que atuava no esquema de lavagem de dinheiro, foi o terceiro preso por meio de mandado de prisão.

O quarto mandado foi expedido em nome de Silvio Luís Ferreira, o Cebola, sócio da UpBus, que opera linhas na zona leste paulistana. Ele está foragido.

Além dos mandados cumpridos, foi preso em flagrante Elio dos Santos, por porte ilegal de arma de fogo. Segundo o MPSP, com ele foram encontrados até fuzis.

SPTrans assume linhas

A Justiça de São Paulo determinou ainda que a SPTrans, estatal de transporte coletivo da capital, assuma imediatamente a operação das linhas administradas pelas empresas Transwolff e pela UpBus.

As duas empresas transportam diariamente em seus ônibus cerca de 700 mil passageiros e receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura de São Paulo em 2023.

Investigações

Até 2022, ao menos quatro empresas de ônibus que operam nas zonas leste e sul da capital já estavam na mira do MPSP e da Polícia Civil de São Paulo por suspeitas de envolvimento com o PCC.

Duas delas, a Transunião e a UpBus, que operam na zona leste, já foram alvo de operações conduzidas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil.

Alguns dirigentes dessas companhias já foram presos sob acusação de atuarem para a facção e de envolvimento em assassinatos na disputa pelo comando das empresas.

No caso da Transunião, segundo o Deic, a diretoria é investigada por suspeita de participar da lavagem de dinheiro de familiares de Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, irmão de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo do PCC. Eles negam envolvimento com o crime organizado.

Já a UpBus, que teve R$ 40 milhões em bens bloqueados pela Justiça em 2022, durante operação do Denarc, tinha entre seus acionistas membros do alto escalão do PCC, como Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, considerado um dos maiores fornecedores de drogas e armas da facção. Ele foi assassinado em 2021.

“Luiz Conta Dinheiro”

A infiltração do PCC em empresas de ônibus voltou ao noticiário no mês passado, com a execução de Luiz dos Santos Rocha, o Luiz Conta Dinheiro, apontado pela polícia como tesoureiro da facção.

Ele era funcionário da Imperial, que foi assumida nos últimos anos pela Transunião, e acabou assassinado com tiros de fuzil na porta de sua casa, em Atibaia, interior paulista, quando chegava de uma saída temporária da cadeia, a chamada saidinha.

O assassinato de Luiz Conta Dinheiro ocorreu em meio ao racha histórico na cúpula do PCC. O motivo teria sido o desvio de R$ 5 milhões da facção, lavados na empresa de ônibus que opera na zona leste.

 

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