metropoles.com

Casada com governador e nascida em SP: quem era a loira do banheiro

Uma das lendas urbanas mais conhecidas do Brasil nasceu no interior. Trata-se da loira do banheiro, que nem era loira, segundo pesquisador

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Imagem colorida de banheiro; loira do banheiro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de banheiro; loira do banheiro - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — A lenda da Loira do Banheiro é uma das lendas urbanas mais conhecidas e difundidas no cenário popular brasileiro. Mas o que poucos sabem é que a história mais contada nas escolas do país nasceu em Guaratinguetá, no interior de São Paulo e traz pontos curiosos como o fato dela já ter sido casada com um ex-governador do estado e não ser loira.

Aos 14 anos, Maria Augusta de Oliveira Borges foi obrigada a casar com o conselheiro Dutra Rodrigues, um homem influente na política e professor de Direito Romano que já tinha mais de 30 anos, e que chegou a ser governador de São Paulo no final do século XIX.

A jovem, que também fazia parte de um família influente na região, não queria o casamento, mas não teve escolha a não ser acatar o pedido do pai, que era o Visconde da cidade.

O pesquisador e contador de histórias Thiago de Souza, de 45 anos, durante um passeio pelo Cemitério da Consolação, local onde está enterrado o ex-governador, na região central de São Paulo, conta que, depois de três anos casada, Maria Augusta vendeu algumas joias e foi morar na França.

Porém, Maria Augusta fica pouco tempo na Europa: “Ela fica muito pouco tempo lá [França] porque pega raiva humana e morre por lá mesmo”, conta o pesquisador.

Após a sua morte, a mãe de Maria Augusta, inconformada com a morta da filha e arrependida por ter forçado a jovem a casar, pede que o corpo seja embalsamado e levado à Guaratinguetá.

Ao chegar na cidade, o cadáver de Maria Augusta ficou em cômodo da casa e por lá havia alguns itens pessoais da jovem.

“Nesse aposento havia alguns itens pessoais dela como um piano, entre outras coisas. O início das manifestações sobrenaturais da loira do banheiro ocorrem exatamente ali. Dizem que ela tentava sair dessa redoma de vidro e pedir água”, diz o pesquisador formado em direito.

Um dos sintomas dos diagnosticados com raiva é a hidrofobia, situação em que a pessoa sente sede, mas não consegue beber água.

Depois de um tempo o corpo de Maria Augusta é enterrado e a casa dá lugar à primeira escola da cidade.

Foram matar aula e encontraram morto

Certa vez, alunos fugiram da aula e entraram no cômodo da escola correspondente ao aposento em que a jovem ficava exposta. No local ainda havia um piano.

Diz a lenda que os alunos se trancaram no local para matar aula e nesse momento o instrumento começa a tocar sozinho. Os presentes se assustam e começam a sair correndo pela escola contando que havia um espírito no banheiro.

E ai surge a famosa história da loira do banheiro. Thiago diz ainda que Maria Augusta nem loira era, e sim tinha cabelo ruivo.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?