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Quem é Rogerinho, policial foragido acusado de receber propina do PCC

Rogerinho é um dos policiais alvos da operação do MPSP e da PF. Ele foi um dos delatados por Vinícius Gritzbach antes de ele ser executado

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ROGERINHO SE DESPEDIU DO DHPP EM 2023 - METRÓPOLES
1 de 1 ROGERINHO SE DESPEDIU DO DHPP EM 2023 - METRÓPOLES - Foto: Reprodução

São Paulo — O policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, é procurado pela Polícia Federal na operação realizada em conjunto com o Ministério Público nesta terça-feira (17/12), em São Paulo. A ação mira policiais suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Até o momento, sete pessoas, incluindo um delegado e mais três policiais civis suspeitos de atuar para o grupo criminoso, foram presos. Rogerinho, no entanto, não foi encontrado e é considerado foragido.

O policial, que fazia eventualmente a segurança do cantor Gusttavo Lima, foi citado pelo delator Antonio Vinícius Gritzbach, executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em 8 de novembro. Gritzbach foi fuzilado oito dias depois de denunciar a conduta de alguns policiais à Corregedoria.

Entre os presos, estão o investigador-chefe Eduardo Lopes Monteiro e o delegado Fábio Baena Martin. Todos, assim como Rogerinho, atuavam no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e estavam afastados das funções por causa das denúncias.

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Rogerinho é citado em delação de Antonio Gritzbach
Rogerinho em despedida da Delegacia de Homicídios
Com salário de R$ 7 mil, Rogerinho é sócio de construtora que ergueu cinco empreendimentos em Praia Grande
Condomínios têm até dez casas e policial como comprador - Metrópoles
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Rogerinho se diz segurança do cantor Gusttavo Lima

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Rogério de Almeida Felício

Com salário de R$ 7 mil mensais, o agente da Polícia Civil de São Paulo Rogerio de Almeida Felício é sócio de uma clínica de estética, de uma empresa de segurança privada e de uma construtora que ergueu cinco condomínios de 37 casas no litoral sul paulista.

Conhecido como Rogerinho, o policial civil também foi citado pelo delator Vinícius Gritzbach como um dos agentes que cometeram “ilicitudes e arbitrariedades” na investigação sobre a morte de Cara Preta.

A delação sobre os policiais está sob sigilo e o Metrópoles não obteve acesso aos documentos. Em peças apresentadas pela defesa de Gritzbach à Justiça, menciona-se, em resumo, que são implicados agentes de quatro delegacias da Polícia Civil paulista por crimes como corrupção, concussão e associação criminosa.

Rogerinho é um policial popular nas redes sociais. Tem mais de 100 mil seguidores em sua página no Instagram. Lá, publica fotos e vídeos, por exemplo, ao lado do cantor sertanejo Gusttavo Lima, de quem é segurança. Também faz marcações de sua construtora, a Magnata Construção e Incorporação. A empresa tem outros dois sócios.

Apesar do capital de R$ 30 mil, trata-se de um negócio milionário. Em sua página, a construtora anuncia cinco empreendimentos em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo. Ao todo, esses complexos reúnem 37 casas. Elas estão à venda por até R$ 350 mil cada.

Metrópoles obteve parte das 47 matrículas de cartório em nome da construtora. Uma delas se refere ao condomínio Magnata 1. O terreno, na Vila Caiçara, fica a três quarteirões da orla de Praia Grande. Somente esse terreno custou R$ 319 mil à construtora. No local, foram construídas 10 casas, segundo o registro do imóvel.

Nesse condomínio, por exemplo, uma das casas foi comprada por um policial militar. A construtora move uma ação de cobrança contra ele por inadimplência do pagamento pela aquisição do imóvel.

Além da Magnata, Rogerinho é sócio de uma empresa de administração de bens pessoais. O Metrópoles não localizou imóveis em nome dela. O policial também aparece nos quadros de uma clínica de estética na capital paulista e de sua empresa de segurança privada, a Punisher.

Relógios “furtados”

Durante cumprimentos de mandados de busca e apreensão, Gritzbach afirmou em depoimento à Corregedoria que sumiram R$ 20 mil e que alguns relógios de luxo, de 20 apreendidos, não lhe foram devolvidos.

Os relógios furtados supostamente por policiais civis são quatro Rolex avaliados em R$ 200 mil, R$ 150 mil, R$ 130 mil e R$ 80 mil; dois Hublots de R$ 58 mil e R$ 56 mil, respectivamente e um Frederique Constant de R$ 40 mil.

Em uma rede social, Gritzbach afirmou ter visto fotos do agente da Polícia Civil Rogerio de Almeida Felício, o Rogerinho, usando quatro dos relógios de luxo desaparecidos, destacando entre eles o Rolex Yacht Master, de ouro, os mais caro de todos, avaliado em R$ 200 mil.

Como revelado pelo Metrópoles, com salário de R$ 7 mil mensais, Rogerinho é sócio de uma clínica de estética, de uma empresa de segurança privada e de uma construtora que ergueu cinco condomínios de 37 casas no litoral sul paulista.

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