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Quem é o soldado da PM suspeito de jogar jovem rendido de ponte em SP

Soldado Luan Felipe Alves Pereira é apontado como o PM flagrado em vídeo jogando homem detido de uma ponte em Cidade Ademar, zona sul de SP

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PM foi flagrado nessa segunda (2/12) jogando um homem em um córrego do alto de uma ponte em Cidade Ademar, na zona sul de SP - Metrópoles
1 de 1 PM foi flagrado nessa segunda (2/12) jogando um homem em um córrego do alto de uma ponte em Cidade Ademar, na zona sul de SP - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — O policial militar que aparece em um vídeo arremessando um suspeito detido de cima de uma ponte em Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista, é o soldado de primeira classe Luan Felipe Alves Pereira, de acordo com as primeiras informações coletadas pela investigação da Corregedoria da corporação. O PM foi um dos 13 afastados por envolvimento no caso.

Pereira prestou depoimento na tarde dessa terça-feira (3/12). Outros policiais militares devem ser ouvidos nos próximos dias. Os agentes usavam câmeras corporais no momento da ocorrência, o que deve ajudar a equipe de investigação a entender a dinâmica dos fatos.

Questionada pelo Metrópoles, a defesa de Luan Felipe Pereira disse estar ciente da acusação de que ele foi o responsável por atirar o suspeito da ponte na madrugada de segunda-feira (2/12), mas que, a pedido do próprio policial, não vai se manifestar.

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PM joga homem de ponte no bairro Cidade Ademar, zona sul de São Paulo
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O soldado, de 29 anos, é lotado no 24º Batalhão Metropolitano, de Diadema, na Grande São Paulo, assim como os demais agentes envolvidos na ocorrência. Pereira integra as Rondas com Motocicletas (Rocam), que faz patrulhamento de moto pelas ruas da região. Até pelo menos 2020, o soldado Pereira atuou no 22º Batalhão Metropolitano, na região de Interlagos, zona sul da capital. No período, respondeu a um processo disciplinar.

A ação teria ocorrido após uma perseguição de moto na região, onde ocorria um baile funk. Segundo registro policial, um homem foi baleado antes da abordagem que culminou com o jovem sendo jogado da ponte, mesmo após estar rendido. Segundo moradores que testemunharam a ação, ele saiu andando após a queda no córrego. Até a noite dessa terça, ele ainda não havia sido encontrado.

PMs omitiram informação

No registro interno da PM sobre a ocorrência, os policiais omitiram a informação de que um homem havia sido jogado de uma ponte.

Segundo o documento, obtido pelo Metrópoles, os policiais dizem apenas que perseguiram suspeitos em motos até chegarem em um baile funk, cujo fluxo teria se dispersado após o surgimento da equipe policial. No momento da confusão, um homem teria sido ferido com um tiro. A origem do disparo não foi especificada.

Eles afirmam que levaram o caso ao 26º Distrito Policial da capital, no Sacomã, mas o registro civil da ocorrência teria sido “dispensado”.

Somente após o comando do 3º Batalhão da Polícia Militar (PM) ficar ciente de um vídeo, feito com celular — no qual um soldado da Ronda com Motocicletas (Rocam) aparece jogando o homem da ponte — é que o caso foi formalizado e um inquérito instaurado pela corporação.

Assista:

Providências iniciais

Nos registros da PM, feitos após a divulgação do vídeo, é afirmado que membros da Rocam teriam perseguido suspeitos, entre Diadema e a zona sul paulistana — até chegarem nas imediações do baile funk.

“Horas depois”, o Centro de Comunicação da PM (Copom) foi informado sobre a internação de um homem, ferido com um tiro, no Hospital Municipal de Diadema. O estado de saúde dele é estável — ele seria submetido a uma cirurgia. O tiro transfixou a vítima, entrando pela região dorsal e saindo pelo abdômen.

Após a repercussão, 13 policiais militares foram afastados das ruas, mas seguiriam trabalhando em setores administrativos.

Repercussão

Nessa terça-feira (3/12), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, criticaram a ação do policial que arremessou o suspeito da ponte.

Segundo Tarcísio, o PM que aparece no vídeo “não está à altura de usar a farda” da corporação.

“A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição que preza, acima de tudo, pelo seu profissionalismo na hora de proteger as pessoas. [O] policial está na rua para enfrentar o crime e para fazer com que as pessoas se sintam seguras. Aquele que atira pelas costas, aquele que chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, evidentemente não está à altura de usar essa farda”, disse Tarcísio em publicação nas redes sociais.

Em vídeo, Derrite disse que “nenhum tipo de desvio de conduta” por parte de policiais do estado será tolerado.

“Quero dizer para todos vocês que essa ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da Polícia Militar e eu determinei ao comando da Polícia Militar o afastamento imediato de todos os policiais envolvidos nessa ação”, afirmou.

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