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Quem é o padre esloveno acusado de abuso sexual contra religiosas

Padre Marko Ivan Rupnik, responsável pelos mosaicos gigantes da Basílica de Aparecida, foi demitido após denúncias de abuso sexual

atualizado

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Catholic News Agency
Padre Marko Rupnik de camisa branca e macacão escuro com uma obra sacra ao fundo
1 de 1 Padre Marko Rupnik de camisa branca e macacão escuro com uma obra sacra ao fundo - Foto: Catholic News Agency

São Paulo – O padre esloveno Marko Ivan Rupnik, responsável pela execução dos mosaicos da Basílica de Aparecida, no interior de São Paulo, é considerado um dos principais expoentes da arte sacra contemporânea.

Rupnik foi demitido da ordem dos jesuítas após denúncias de abusos sexuais contra freiras e outras mulheres religiosas ao longo dos anos. A decisão foi oficializada nessa segunda-feira (24/7).

O revestimento das fachadas externas da Basílica de Aparecida, assinado por Rupnik, são resultado de uma pesquisa de quase dois anos. O padre esloveno optou por ilustrar paisagens bíblicas por meio da técnica dos mosaicos, uma de suas marcas.

Os trabalhos em Aparecida começaram em 2019 e continuam em andamento. Desde o início das investigações, em fevereiro deste ano, o padre estava proibido de atuar em obras públicas. Com a demissão de Rupnik, o Santuário Nacional espera por definições da Igreja Católica para saber como dará sequência ao trabalho artístico.

O Santuário Nacional afirmou que as obras de revestimento da Basílica de Aparecida são uma concepção e execução de mosaicistas do Centro Aletti. “Como o padre é membro desta instituição, o Santuário Nacional acompanha com atenção o caso e aguarda orientações da Igreja para suas definições”, pontua, em nota.

Rupnik é o responsável artístico por quatro mosaicos que retratam uma jornada bíblica, em mais de 15 mil metros quadrados de revestimento do lado externo da basílica.

Trabalhos pelo mundo

No Brasil, além dos mosaicos gigantes do Santuário de Aparecida, o artista realizou trabalhos na Catedral de Santa Maria Mãe de Deus, em Castanhal, no Pará. Ele também é autor de mosaicos em santuários espalhados pelo mundo, como em Fátima, em Portugal, Lourdes, na França, e Washington, nos Estados Unidos.

No site do Centro Aletti, Rupnik é indicado como diretor do atelier de arte espiritual e decano do atelier de teologia. Em sua biografia, consta que ele estudou filosofia e cursou a Academia de Belas Artes de Roma e teologia na Gregoriana de Roma.

Em entrevista à Associated Press, em 2018, o papa Francisco disse que foi surpreendido pelas denúncias contra Rupnik. “Para mim foi uma grande surpresa e uma dor, porque essas coisas doem”, afirmou na época.

A defesa do padre Rupnik não foi encontrada para se manifestar sobre a demissão. O espaço segue aberto.

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