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Quem é o dono de coleção de tênis avaliada em R$ 60 mi penhorada

Alvo de penhora, Rodrigo Clemente é dono de uma coleção de tênis estimada em R$ 60 mi. Justiça determinou penhora para dívida de R$ 12 mi

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Imagem colorida de um homem usando tênis com prateleiras de tênis atrás
1 de 1 Imagem colorida de um homem usando tênis com prateleiras de tênis atrás - Foto: Divulgação/Instagram

São Paulo — Com 7,5 mil pares de tênis, o empresário Rodrigo Clemente, de 47 anos, diz ser dono da maior coleção brasileira de sneakers, nome dado a calçados estilosos que têm no design arrojado a principal característica. A coleção com valor estimado em R$ 60 milhões está sujeita à penhora, determinada pelo juiz da 10ª Vara Cível de São Paulo, para o pagamento de uma dívida no valor de R$ 12 milhões.

O empresário possui dois escritórios em um prédio comercial em Santa Cecília, no centro da capital paulista, e um deles é usado para acomodar todos os 7,5 mil pares.

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Empresário Rodrigo Clemente coleciona 7,5 mil pares de tênis
Estúdio tem 7,5 mil pares de tênis
Coleção de tênis de empresário fica no centro da capital paulista
Tênis da marca Kichute tem valor afetivo para o empresário Rodrigo Clemente
"Azulzão" foi primeiro par de tênis do empresário Rodrigo Clemente
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Empresário chegou a comprar até 20 pares novos por mês

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Empresário Rodrigo Clemente coleciona 7,5 mil pares de tênis

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Estúdio tem 7,5 mil pares de tênis

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Coleção de tênis de empresário fica no centro da capital paulista

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Tênis da marca Kichute tem valor afetivo para o empresário Rodrigo Clemente

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"Azulzão" foi primeiro par de tênis do empresário Rodrigo Clemente

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Os sneakers são tênis estilosos e personalizados

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Coleção recebe cuidado especial de preservação

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Modelo de tênis da Nike que faz referência ao personagem James P. Sullivan, do filme Monstros S.A.

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Ao Metrópoles, o advogado Neto Carrara, que representa Rodrigo Clemente, disse que “de fato existe uma relação comercial vencida de umas das empresas do Rodrigo Clemente com o fundo Valorem”, mas que há garantia real lastreando a operação envolvendo um imóvel no litoral norte de São Paulo. “As partes já estão em fase final de acordo e não haverá a efetivação da penhora da coleção”, apontou. 

Para usar todos sneakers em um ano, Rodrigo teria de trocar de tênis a cada 70 minutos sem parar nem para dormir. “Isso tudo não foi construído para me aparecer nem para querer ser mais ou menos do que ninguém. Não é acumulação”, disse em um vídeo publicado em rede social no ano passado.

Rodrigo foi jogador de basquete aos 13 anos de idade e a coleção reflete muito o seu passado, quando ele recebia tênis doados de outros jogadores para poder praticar o esporte.

Atualmente, é CEO da JVMC Participações, uma empresa dedicada a fornecer matérias-primas sustentáveis para a indústria de alimentos e bebidas. Além disso, o empresário administra uma distribuidora de bebidas, localizada em Juquehy.

Em sua conta no Instagram, o colecionador publicou, recentemente, um texto sobre sua trajetória. “Este sou eu. O mais novo de 3 filhos, um louco por resolver o que as pessoas tem medo. Aos 12 perdi o pai, aos 13 sai de casa para jogar basquete, e minha mãe com o pouco que tinha, alimentou meus sonhos. Ninguém bancou minha vida, eu ralei cada segundo. Me apaixonei pelos tênis que não tinha como ter”.

Rodrigo lamenta que vive meses difíceis por conta de “pseudoamigos”.

“Aprendi e custou caro, mas a vida é uma caixinha de surpresas e certamente vai passar, afinal, quem me protege não dorme.”

Entenda a penhora por dívida

A decisão da 10ª Vara Cível de São Paulo é resultado de um pedido de penhora realizado pelo advogado Gabriel Gehres, que representa a Valorem Fidc Multisetorial, empresa de fundos de investimentos. Segundo documentos apresentados, a dívida de Rodrigo Clemente é de R$ 12 milhões.

O juiz Danilo Fadel de Castro alegou que a lei prevê que todos os bens do devedor respondem pelo inadimplemento. “Como é uma coleção de bens, não faz sentido ele alegar que usar sete mil tênis para uma finalidade efetivamente útil”, disse o advogado da Valorem ao Metrópoles.

“Apesar de não pagar o que deve, percebemos que ele se apresentava na imprensa como um grande colecionador, com patrimônio que ultrapassa com folga o valor do débito. Então, mesmo que o pedido parecesse inusitado, verificamos a possibilidade do pedido de penhora para solucionar o débito”, afirmou Danilo Fadel de Castro. 

Em novembro de 2023, a Marka Promocao de Vendas e Eventos Ltda, empresa vinculada ao colecionador, foi intimada. Sem sucesso na negociação, o escritório do fundos de investimento optou por pedir a penhora.

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