Quem é Daniel Mastral, escritor ex-satanista encontrado morto em SP
Autor de mais de 30 livros, entre eles o Filho do Fogo, Daniel Mastral abandonou o satanismo para ingressar no cristianismo evangélico
atualizado
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São Paulo – O escritor Daniel Mastral, de 57 anos, foi encontrado morto na Aldeia da Serra, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, na noite desse domingo (4/8). O corpo estava caído em uma área de mata, com ferimento na cabeça.
Marcelo Agostinho Ferreira ficou famoso pelo livro Filho do Fogo, que reúne três volumes. Presença constante em podcasts, o teólogo se denominava como um ex-satanista. Mastral mantinha um canal no YouTube com mais de 780 mil inscritos.
Em fevereiro deste ano, afirmou, em entrevista, que abandonou o satanismo porque o instruíram a fazer um sacrifício humano. Ele, no entanto, disse que não tinha sangue frio nem coragem para concluir o objetivo, que o levaria a aumentar seu grau de poder e sua hierarquia na seita pagã.
Em 2021, Daniel perdeu a esposa, a médica e escritora Isabela Mastral, aos 52 anos, após sofrer uma parada cardíaca causada por um infarto agudo do miocárdio. Três anos antes, ele também perdeu um filho de 15 anos, que sofria de depressão e tirou a própria vida, em dezembro de 2018.
Segundo amigos, o escritor havia acabado de ter outro filho com sua atual esposa.
Morte
Daniel Mastral, de 57 anos, foi encontrado morto na Aldeia da Serra, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, na noite desse domingo (4/8). O corpo estava caído em uma área de mata, com um ferimento na cabeça.
Segundo a Polícia Civil, moradores da região ouviram um “estampido”. O local foi preservado pela Guarda Municipal de Barueri e o caso foi registrado como suicídio.
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que a Polícia Civil investiga o caso como suicídio.
Busque ajuda
O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos ou tentativas de suicídio que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social, porque esse é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para o ato não ser estimulado.
O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem. Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida – problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar você. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo, voluntária e gratuitamente, a todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.