Quem é a chefe do PCC suspeita de decretar morte de policial em SP
Samira Cristina dos Santos, de 41 anos, atuava como “disciplina” da facção criminosa em uma favela da zona norte da capital paulista
atualizado
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São Paulo – Samira Cristina dos Santos, de 41 anos, presa nessa segunda-feira (4/12) sob a suspeita de envolvimento no desaparecimento e provável assassinato de um policial civil em setembro deste ano, já foi presa em outras duas ocasiões.
O histórico criminal dela começa em 2003, quando ela foi indiciada por roubo. O crime foi registrado e investigado pela Polícia Civil em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo. Cinco anos depois, ela foi indiciada por tráfico de drogas, na região de Perus, na zona norte da capital paulista.
Foi neste mesmo bairro onde Samira atuou como disciplina do Primeiro Comando da Capital (PCC), ficando responsável pelo cumprimento de normas de conduta determinadas pela facção.
Ela usou o cargo hierárquico para decretar a morte do policial civil Fernando José Duarte Silva, 41, de acordo com investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
A polícia suspeita que Fernando foi assassinado, mas seu corpo ainda não foi encontrado.
Desaparecimento
Segundo relato do pai do investigador à polícia, Fernando sofria de transtorno bipolar. Ele contou que o filho estava de férias e, no dia 11 de setembro, saiu de casa de carro e não voltou mais. No dia seguinte, o pai registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento.
O carro do policial foi localizado, trancado e abandonado na região de Perus, na zona norte paulistana, na mesma data.
Vídeo mostra chefe do PCC presa
Investigações do DHPP mostram que o policial foi mantido por cerca de três horas na favela onde Samira atuava como “disciplina”. O levantamento foi possível graças ao rastreamento do celular do policial.
Fernando teria sido abordado por criminosos na região porque não foi reconhecido como morador. Identificado como policial, ele foi levado até Samira. A mulher, então, teria decretado a morte do investigador.
Ao determinar a morte do policial, Samira teria tomado uma decisão que caberia a instâncias superiores da organização criminosa. Por esse motivo, teria sido “rebaixada” da função de disciplina.