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Queda do 8º andar: família se mudou de casa porque apartamento era “mais seguro” para criança

A menina Maria Yloa Gomes Tenorio dos Santos, de 4 anos, morreu após cair do oitavo andar de um prédio no Tatuapé, na zona leste de SP

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Acervo pessoal
Imagem colorida de Maria Yloa (esqueda) e José Tenório (direita). A criança tem cabelos cacheados e está de máscara - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Maria Yloa (esqueda) e José Tenório (direita). A criança tem cabelos cacheados e está de máscara - Metrópoles - Foto: Acervo pessoal

São Paulo – A menina Maria Yloa Gomes Tenorio dos Santos, de 4 anos, que morreu após cair do oitavo andar na segunda-feira (7/8), morava no prédio havia cinco meses. À polícia o pai da criança declarou que a família vivia em uma casa e se mudou porque considerava o apartamento mais seguro para ela.

Um episódio teria sido decisivo para alugar o apartamento na Rua Comendador Gil Pinheiro, no Tatuapé, na zona leste da capital paulista. Segundo o depoimento do pai, que tem 48 anos, na casa anterior, a criança teria subido na escada, dito que “queria voar” e se atirado.

“[Maria Yloa] não chegou a se lesionar, mas ficaram preocupados e, por esse motivo, mudaram-se para o apartamento, onde entendiam ser mais seguro e plano”, declarou o pai. “Inclusive, todas as janelas possuíam tela de proteção, com exceção da janela do banheiro”.

No dia do incidente, a mãe estava dando banho na criança e precisou deixá-la sozinha por poucos minutos. A principal hipótese da Polícia Civil é que, nesse intervalo, a menina subiu no vaso sanitário, escalou por duas prateleiras e caiu da janela, que fica a 1,65 metro de altura do chão. Ela foi socorrida, mas não resistiu.

Maria Yloa é a caçula de três filhas – as irmãs têm 10 e 20 anos. O caso é investigado pelo 30º Distrito Policial (Tatuapé) como “morte suspeita”. Essa natureza criminal é usada quando a polícia não tem certeza se foi um acidente ou se alguém pode ser responsabilizado pelo episódio.

Sozinha por 5 minutos

Os policiais falaram com a mãe da criança, que tem 41 anos e é corretora, no hospital. Em estado de choque e medicada, ela relatou que estava preparando a filha para ir à escola, quando um cliente ligou avisando que passaria para pegar a chave de um imóvel; a chamada ocorreu às 11h45.

Segundo o depoimento, a mãe deixou Maria Yloa brincando no banheiro, desceu, retornou cerca de cinco minutos depois e já não encontrou a filha. No início, pensou que a criança “tinha se escondido, como gostava de fazer”. Sem conseguir encontrá-la, “passou a se desesperar e começou a gritar no prédio”.

Vizinhos ajudaram a mãe da criança a fazer buscas no condomínio. Maria Yloa foi encontrada caída no jardim, perto de um par de chinelos cor-de-rosa. Não havia marcas de sangue, de acordo com o boletim de ocorrência.

Investigação

A mãe diz que pegou a criança no colo, viu que ela ainda respirava e correu para rua. Um desconhecido teria ajudado a levar a menina para o Hospital São Luiz, onde a equipe médica tentou reanimar Maria Yloa por cerca de 50 minutos.

No apartamento, policiais encontraram o piso do banheiro molhado e marcas de pegadas em cima do vaso sanitário e da caixa acoplada.

Segundo a investigação, uma das prateleiras da parede estava inclinada para baixo, “como se tivesse cedido parcialmente”. Já a outra prateleira estava com o vidro pendurado, desprendido do suporte de fixação.

Na delegacia, o pai contou que estava no trabalho quando ficou sabendo, por telefone, que a filha havia caído. “Minha esposa sempre cuidou muito bem das crianças e sempre foi muito protetora”, disse.

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