Quadrilha do Pix: ladrão que barbarizou vítima pega 36 anos de prisão
Vítima foi agredida e queimada com cigarro após quadrilha do Pix transferir R$ 4 mil. Ladrão foi condenado a 35 anos e 9 meses de prisão
atualizado
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São Paulo — A Justiça condenou um assaltante que integrava quadrilha do Pix a 35 anos e nove meses de prisão, em regime fechado, pelo sequestro de uma vítima, na zona norte de São Paulo.
Segundo o MPSP, responsável pela denúncia, a vítima foi abordada enquanto dirigia o carro na Rua Gecel Buchman, na região do Tremembé, no dia 23 de junho passado.
Eram três criminosos. Armados, eles levaram a vítima para um cativeiro — em um imóvel na mesma região da cidade — e passaram a exigir que fossem feitas transações por Pix. O trio obrigou a vítima a transferir cerca de R$ 4 mil . Porém, sem mais dinheiro a oferecer, a vítima foi barbarizada. Ela foi agredida e queimada com cigarro.
Horas depois, a vítima foi liberada pelos bandidos e usou uma ferramenta do celular para rastrear o aparelho — que havia ficado com o bando. Foi assim que a polícia conseguiu encontrar a localização do cativeiro e prender o criminoso. Outros dois sequestradores escaparam.
Em seu despacho, a juíza Gabriela Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) considerou os maus antecedentes e as circunstâncias do crime para dosar a pena.
Sequestros
A manutenção das vítimas em cativeiro — ou em cárcere privado — durante horas ou dias até que as contas sejam invadidas e os valores transferidos é uma prática comum das quadrilhas do Pix. Após realizar todas as transferências, os valores são repassados para contas bancárias de laranjas.
De acordo com estatísticas divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), no primeiro semestre de 2024 foram registrados 62 casos de extorsão mediante sequestro na capital paulista e na região metropolitana — 86 casos em todo o estado, no mesmo período.