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Quadrilha do Pix: 22 são condenados a penas que somam 193 anos

Quadrilha especializada em roubos e extorsões praticados via Pix agia em Campinas; cada um tinha sua função na organização criminosa

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Marcello Casal JrAgência Brasil
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1 de 1 imagem colorida celular com pix na tela - Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

São Paulo – A 28ª Promotoria de Justiça de Campinas, interior de São Paulo, obteve, entre 2021 e 2023, a condenação de 22 pessoas que integravam quadrilha especializada em roubos e extorsões praticados via Pix e outros meios. Todas as penas somadas chegam a 193 anos de prisão.

Entre 2020 e 2021, foram registrados crimes frequentes nos entroncamentos de acesso às rodovias que cruzam a cidade de Campinas. As vítimas eram subjugadas em seus veículos com emprego de arma de fogo, rendidas, mantidas reféns e obrigadas a fornecer senhas de aplicativos bancários e cartões de crédito para transferir quantias elevadas.

Para tanto, os criminosos usavam Pix, cartões e contas-correntes de terceiros, forçando ainda a realização de compras em estabelecimentos suspeitos.

Funções definidas

Investigações da Polícia Civil identificaram 22 indivíduos organizados para a execução dos delitos, desempenhando funções que iam desde o acerto prévio até a obtenção do veículo a ser utilizado, passando pelo fornecimento de máquinas de cartões de crédito e armas de fogo, uso de contas de pessoas jurídicas para recebimento de valores, rateio posterior dos valores obtidos e venda dos objetos subtraídos.

Em uma primeira fase, nos anos de 2021 e 2022, cinco desses réus foram processados pela 28ª Promotoria de Justiça de Campinas e condenados pela 1ª Vara Criminal da Comarca por formação de organização criminosa, roubos e extorsões qualificados. Somadas, as penas impostas nesses casos chegaram a 115 anos de prisão.

Na segunda fase, o aprofundamento das investigações permitiu que outros 17 indivíduos que agiam em conluio com os réus do processo inicial fossem identificados, responsáveis pelas mesmas infrações.

Também denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), eles foram condenados em 2023 pela prática de organização criminosa, com penas que alcançam mais de 78 anos de prisão se somadas.

“Vitória da sociedade”

“Trata-se dos primeiros casos de organização criminosa catalogados na região envolvendo sequestros e extorsões via aplicativos bancários. Foram anos de persistentes trabalhos policiais e do MPSP. A responsabilização total em 1º grau, ainda que pendente de recurso, foi uma vitória para a sociedade”, afirmou a promotora Marcela Scanavini Bianchini. As informações são do MPSP.

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